Plenário repudia agressões sofridas pela senadora Vanessa Grazziotin por ser contra o impeachment — Rádio Senado
Agressões

Plenário repudia agressões sofridas pela senadora Vanessa Grazziotin por ser contra o impeachment

08/09/2016, 19h59 - ATUALIZADO EM 08/09/2016, 19h59
Duração de áudio: 03:17
Plenário do Senado durante sessão deliberativa ordinária.
Moreira Mariz/Agência Senado

Transcrição
LOC: PLENÁRIO REPUDIA AGRESSÕES VERBAIS E FÍSICAS CONTRA A SENADORA VANESSA GRAZZIOTIN DO PC DO B DO AMAZONAS POR SER CONTRÁRIA AO IMPEACHMENT DE DILMA ROUSSEFF. LOC: SENADORES ARGUMENTAM QUE AS DIVERGÊNCIAS POLÍTICAS DEVEM FICAR RESTRITAS AO CAMPO DAS IDEIAS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin do PC do B do Amazonas recebeu a solidariedade de dezenas de colegas no Plenário pelas agressões verbais e físicas sofridas no dia 31 de agosto. Ela foi insultada pelo advogado Paulo Henrique Demchuk durante o voo de Brasília para Curitiba. No desembarque, ainda dentro do avião, Vanessa decidiu gravar as ofensas, quando o advogado tentou arrancar o celular dela. Nesse momento, ele teria puxado o cabelo da senadora, que acabou batendo com a cabeça no assento da aeronave. A Polícia Federal foi acionada e o boletim de ocorrência foi registrado pela Polícia Legislativa, que apresentará a denúncia ao Ministério Público. Vanessa Grazziotin disse as provocações tiveram início no aeroporto de Brasília, mas sem revide. Ela afirmou que as divergências são saudáveis na democracia desde que não haja qualquer tipo de agressão. (Vanessa Grazziotin) As pessoas podem até vir questionar, procurar e dizer que discordam da nossa posição. Mas jamais partirem para a agressão verbal e muito menos a agressão física porque machuca a alma porque além de seremos parlamentares, somos seres humanos. Aqui mesmo entre nós temos embates duros, mas nunca nenhum partiu para uma agressão física um contra o outro. (Repórter) Ao anunciar que a Advocacia do Senado já está tomando as providências e ao se solidarizar com outros senadores vítimas de agressões, o presidente Renan Calheiros do PMDB de Alagoas declarou que esses episódios não combinam com a democracia. (Renan Calheiros) Para que esses fatos não se repitam contra senadores sejam de quais partidos forem e mesmo contra cidadãos. Vários senadores foram igualmente agredidos. Democracia não é isso. Democracia exige antes de qualquer coisa a convivência dos contrários. (Repórter) Sob ameaças de agressão física, a senadora Ana Amélia do PP gaúcho, revelou que uma antiga propriedade rural da família dela foi invadida pelo MST em Goiás em retaliação à defesa do impeachment de Dilma Rousseff. (Repórter) Não é admissível porque por um ato político invadir uma propriedade privada lesando ou cometendo um ato que não é social, mas de puro vandalismo. Não é aceitável que por eu ter votado contra o impeachment tenham feito essa invasão. (Repórter) Ao defender uma punição exemplar ao agressor, o senador Omar Aziz do PSD do Amazonas cobrou uma atitude da Ordem dos Advogados do Brasil já que Paulo Henrique é reincidente em agressões. (Omar Azi) Mas isso tem que se dar um basta, principalmente, uma pessoa formada em Direito. A OAB não pode permitir em seus quadros um cidadão que não tem compostura e nem moral para defender nenhum cliente dele agindo desta forma. (Repórter) Os senadores Cristovam Buarque do PPS do Distrito Federal, Eduardo Amorim do PSC do Sergipe e José Aníbal do PSDB de São Paulo também foram agredidos por suas posições no processo de impeachment.

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