Senado decide nesta terça-feira o futuro da presidente afastada Dilma Rousseff
Transcrição
LOC: A ETAPA DE JULGAMENTO DO IMPEACHMENT DESTA SEGUNDA-FEIRA REUNIU NO PLENÁRIO DO SENADO TRÊS EX-OCUPANTES DO PALÁCIO DO PLANALTO
LOC: ALÉM DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF, TAMBÉM ESTIVERAM PRESENTES O EX-PRESIDENTE LULA E O HOJE SENADOR FERNANDO COLLOR. REPÓRTER PAULA GROBA.
(Repórter) Depois de mais de 50 horas de debates em quatro dias de julgamento, o Senado decide nesta terça-feira o futuro da presidente afastada Dilma Rousseff. Durante sua defesa em plenário, Dilma negou crime de responsabilidade e reafirmou a tese de golpe. Ela disse que teme que este processo de impeachment em curso abra precedentes graves e atinja outros chefes do Executivo.
(Dilma Rousseff) O precedente é grave. É grave porque atingirá outros presidentes da República, mas sobretudo é grave porque atingirá governadores e prefeitos eleitos a partir de agora. Sem base em questões juridicamente fundadas, será possível afastar governantes das suas funções.
(Repórter) Assistindo a tudo muito atento, o senador Fernando Collor, do PTC de Alagoas participou da sessão e ouviu a defesa de Dilma. Em 92, era ele que estava do outro lado, na tribuna do Senado. Collor não falou com a imprensa e ainda não revelou seu voto nesta fase de julgamento. Outro ex-presidente da república que participou da sessão foi Lula, que comandou o país entre os anos de 2003 e 2011. Ele acompanhou a sessão da galeria do Plenário, ao lado de ex-ministros e do cantor e compositor Chico Buarque. Ao falar com jornalistas, Lula elogiou o discurso de Dilma Rousseff. Disse que ela foi firme e defendeu a absolvição da presidente afastada.
(Lula) Espero que o jogo termine com vitória nossa. Não é sempre que a gente consegue trazer o Chico no Senado.
(Repórter) A sessão de julgamento do impeachment continua nesta terça-feira.