Depoimento de Dilma encerra a fase da instrução do processo de impeachment

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LOC: O DEPOIMENTO DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF ENCERRA A FASE DA INSTRUÇÃO DO PROCESSO DE IMPEACHMENT EM PLENÁRIO. LOC: A PARTIR DAÍ, O JULGAMENTO VAI ENTRAR NA FASE FINAL COM OS DEBATES ENTRE A ACUSAÇÃO E A DEFESA, AS MANIFESTAÇÕES DOS SENADORES E O VOTO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: (Repórter) Acusação e defesa terão uma hora e meia cada um para os chamados debates orais. Esse tempo poderá ser dividido se houver mais de um acusador ou defensor, desde que não ultrapasse o tempo total. Eventuais apartes também deverão ficar dentro dessa uma hora e meia. Réplica e tréplica de até uma hora serão facultadas à acusação e à defesa. Finalizados os debates orais, o ministro Ricardo Lewandowski vai começar a chamar os senadores inscritos, que terão 10 minutos improrrogáveis para discutir o mérito da denúncia. É nessa fase, pouco antes do voto que vai definir o destino de Dilma Rousseff, que os aliados da presidente afastada esperam mudanças no posicionamento dos senadores favoráveis ao impeachment. Foi o que disse a senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas: (Vanessa Grazziotin) Nós temos esperança que isso aconteça porque a gente espera que algum dos nossos colegas, pelo menos, percebam o que está em curso e o que nós estamos oferecendo não é irresponsabilidade para o país. (Repórter) Mas a líder do governo interino de Michel Temer no Congresso, senadora Rose de Freitas, do PMDB do Espírito Santo, acha muito difícil que algum senador mude o voto nas horas finais do julgamento. Rose acredita que o que mais pesa contra Dilma Rousseff é o que ela classifica como paralisia do país: (Rose de Freitas) Esses erros todos os outros cometeram e possivelmente nós teremos também no governo atual. O que não pode admitir é o país estar inteiramente desgovernado. O país ficou paralisado. Então, a presidente se esqueceu de governar o Brasil. Isso quer dizer que isso não é um crime de responsabilidade? É sim, crime de responsabilidade. (Repórter) Encerradas a discussão com a fala de todos os senadores inscritos, o presidente do Supremo Tribunal Federal vai resumir os fundamentos da acusação e da defesa e abrirá a votação. Dois senadores a favor do impeachment e dois contra poderão falar no encaminhamento da votação por até cinco minutos, permitidos apartes dentro desse tempo. Não será autorizada orientação das lideranças partidárias. A votação será aberta, nominal, pelo registro do painel eletrônico. Se 54 senadores votarem a favor do impeachment, Dilma Rousseff será destituída do cargo, caso contrário, ela será reabilitada imediatamente. A sentença será lavrada pelo presidente Ricardo Lewandowski, lida em plenário e assinada por todos os senadores.