Senadores devem ouvir seis testemunhas de defesa da Presidente Dilma Rousseff — Rádio Senado

Senadores devem ouvir seis testemunhas de defesa da Presidente Dilma Rousseff

26/08/2016, 02h27 - ATUALIZADO EM 26/08/2016, 02h27
Duração de áudio: 02:21
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussefff por suposto crime de responsabilidade. 

Mesa: 
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski; 
secretária-geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Fabiane Pereira de Oliveira Duarte;
procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira (testemunha).

Foto: Ana Volpe/Agência Senado
Ana Volpe

Transcrição
LOC: NO SEGUNDO DIA DO JULGAMENTO DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF, OS SENADORES VÃO OUVIR SEIS TESTEMUNHAS DE DEFESA DA PETISTA. LOC: A ACUSAÇÃO PRETENDE QUESTIONAR A LEGITIMIDADE DE ALGUNS DOS CONVOCADOS, USANDO OS MESMOS ARGUMENTOS QUE MOTIVARAM JÚLIO DE OLIVEIRA A SER CONSIDERADO INFORMANTE, EM LUGAR DE TESTEMUNHA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (REP) Os senadores que apoiam o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff vão se reunir para levantar informações sobre as testemunhas da defesa, que possam motivar a desqualificação de seus depoimentos como provas. Eles vão usar como base a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que tirou do procurador Júlio Marcelo de Oliveira o status de testemunha, transformando-o em informante do processo, por conta de um comentário no Facebook sobre uma manifestação pela rejeição das contas da presidente afastada. O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, da Paraíba, adiantou que onde encontrarem as mesmas situações, os senadores vão pedir a desqualificação. (Cássio Cunha Lima – 18”) Nós vamos solicitar do ministro Ricardo Lewandowski, que tem conduzido os trabalhos com muita isonomia, equilíbrio e isenção, um tratamento isonômico. No caso das testemunhas arroladas na defesa que encontrarmos situações idênticas ao Dr. Júlio, vamos pedir tratamento idêntico. (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, considera que o critério que foi adotado pode, sim, motivar o afastamento de outras testemunhas. (Renan Calheiros – 20”) A decisão do presidente Lewandowski de inutilizar o caráter de testemunha do primeiro depoimento deverá ter resultados também com relação às testemunhas de defesa. Eu acho que esse critério adotado vai implicar em entendimento semelhante com relação a outras testemunhas. (Repórter) Uma das testemunhas que deve ser questionada é a ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck, por ter sido convidada a trabalhar no Senado por Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná. A senadora explicou, no entanto, que o convite nunca se concretizou. (Gleisi Hoffmann – 22”) Não, ela não está lotada no meu gabinete, ela não faz parte do quadro do Senado da República. Eu fiz uma solicitação pra ela vir trabalhar na CAE assessorando, ela é professora de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas ainda isso não foi concluído. Agora que a universidade deu a disposição dela e o MEC ainda não liberou. Então ela não tem nenhum vínculo com o Senado. (Repórter) Senadores já sinalizaram que consideram Nelson Barbosa impedido, já que enquanto era ministro da Fazenda ele autorizou a liberação de crédito ao Plano Safra, um dos motivos do pedido de impeachment. Também vão testemunhar a favor de Dilma Rousseff Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação; o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo; e os juristas Geraldo Prado e Ricardo Lodi Ribeiro.

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