Senadores devem ouvir seis testemunhas de defesa da Presidente Dilma Rousseff
![Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussefff por suposto crime de responsabilidade.
Mesa:
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski;
secretária-geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Fabiane Pereira de Oliveira Duarte;
procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira (testemunha).
Foto: Ana Volpe/Agência Senado Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa extraordinária para votar a Denúncia 1/2016, que trata do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Roussefff por suposto crime de responsabilidade.
Mesa:
presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski;
secretária-geral da Presidência do Supremo Tribunal Federal (STF), Fabiane Pereira de Oliveira Duarte;
procurador do Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira (testemunha).
Foto: Ana Volpe/Agência Senado](https://www12.senado.leg.br/radio/1/noticia/2016/08/26/senadores-devem-ouvir-seis-testemunhas-de-defesa-da-presidente-dilma-rousseff-1/29157250411_8d38d30aea_o/@@images/e3e1bffb-1dc1-49e6-9722-7d99d916a701.jpeg)
Transcrição
LOC: NO SEGUNDO DIA DO JULGAMENTO DA PRESIDENTE AFASTADA DILMA ROUSSEFF, OS SENADORES VÃO OUVIR SEIS TESTEMUNHAS DE DEFESA DA PETISTA.
LOC: A ACUSAÇÃO PRETENDE QUESTIONAR A LEGITIMIDADE DE ALGUNS DOS CONVOCADOS, USANDO OS MESMOS ARGUMENTOS QUE MOTIVARAM JÚLIO DE OLIVEIRA A SER CONSIDERADO INFORMANTE, EM LUGAR DE TESTEMUNHA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO.
(REP) Os senadores que apoiam o afastamento definitivo da presidente Dilma Rousseff vão se reunir para levantar informações sobre as testemunhas da defesa, que possam motivar a desqualificação de seus depoimentos como provas. Eles vão usar como base a decisão do ministro Ricardo Lewandowski, que tirou do procurador Júlio Marcelo de Oliveira o status de testemunha, transformando-o em informante do processo, por conta de um comentário no Facebook sobre uma manifestação pela rejeição das contas da presidente afastada. O líder do PSDB, Cássio Cunha Lima, da Paraíba, adiantou que onde encontrarem as mesmas situações, os senadores vão pedir a desqualificação.
(Cássio Cunha Lima – 18”) Nós vamos solicitar do ministro Ricardo Lewandowski, que tem conduzido os trabalhos com muita isonomia, equilíbrio e isenção, um tratamento isonômico. No caso das testemunhas arroladas na defesa que encontrarmos situações idênticas ao Dr. Júlio, vamos pedir tratamento idêntico.
(Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, considera que o critério que foi adotado pode, sim, motivar o afastamento de outras testemunhas.
(Renan Calheiros – 20”) A decisão do presidente Lewandowski de inutilizar o caráter de testemunha do primeiro depoimento deverá ter resultados também com relação às testemunhas de defesa. Eu acho que esse critério adotado vai implicar em entendimento semelhante com relação a outras testemunhas.
(Repórter) Uma das testemunhas que deve ser questionada é a ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck, por ter sido convidada a trabalhar no Senado por Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná. A senadora explicou, no entanto, que o convite nunca se concretizou.
(Gleisi Hoffmann – 22”) Não, ela não está lotada no meu gabinete, ela não faz parte do quadro do Senado da República. Eu fiz uma solicitação pra ela vir trabalhar na CAE assessorando, ela é professora de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, mas ainda isso não foi concluído. Agora que a universidade deu a disposição dela e o MEC ainda não liberou. Então ela não tem nenhum vínculo com o Senado.
(Repórter) Senadores já sinalizaram que consideram Nelson Barbosa impedido, já que enquanto era ministro da Fazenda ele autorizou a liberação de crédito ao Plano Safra, um dos motivos do pedido de impeachment. Também vão testemunhar a favor de Dilma Rousseff Luiz Cláudio Costa, ex-secretário executivo do Ministério da Educação; o economista Luiz Gonzaga de Mello Belluzzo; e os juristas Geraldo Prado e Ricardo Lodi Ribeiro.