Defesa de Dilma entrega argumentações finais e julgamento deve começar no dia 25 de agosto — Rádio Senado
Impeachment

Defesa de Dilma entrega argumentações finais e julgamento deve começar no dia 25 de agosto

12/08/2016, 16h56 - ATUALIZADO EM 12/08/2016, 16h57
Duração de áudio: 02:01
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: COM A ENTREGA DE DOCUMENTO PELA DEFESA DA PRESIDENTE AFASTADA, JULGAMENTO NO PLENÁRIO DO SENADO VAI COMEÇAR NO DIA 25 DE AGOSTO. LOC: ADVOGADO DE DILMA ROUSSEFF PEDE NULIDADE DA ÚLTIMA VOTAÇÃO SOB ARGUMENTO DE QUE RELATOR INCLUIU FATOS NOVOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Em 673 páginas, a defesa de Dilma Rousseff reafirma que o processo de impeachment é uma vingança política. Citou que os decretos de crédito suplementar foram editados segundo a norma vigente e suspensos após entendimento contrário do Tribunal de Contas da União. A defesa de Dilma voltou a declarar que os repasses do Banco do Brasil para o Plano Safra não são operação de crédito por não serem empréstimo. O advogado José Eduardo Cardozo pediu a oitiva dos peritos e a nulidade do processo sob o argumento de que o relator, senador Antonio Anastasia do PSDB mineiro, incluiu fatos novos, como as dívidas das peladas fiscais desde 2008. (Cardozo) Ele, portanto, aduziu um fato novo na acusação e uma nova tipificação. Se fosse só uma tipificação, não haveria problema. Mas não é só uma tipificação. Atraso de pagamento não é início de operação de crédito. É operação de crédito iniciada antes dentro da própria visão dele. Então, ele alterou a acusação. REP: Um dos advogados da acusação, João Berchmans, não acredita na nulidade da votação que resultou no julgamento final de Dilma. (João) O pedido de nulidade é mais uma tentativa desesperada da defesa em fazer sobrestar um processo que se encontra aberto. O fato de eles terem usado 670 páginas é um exagero até porque fala muito quem não tem o que falar. REP: A defesa indicou seis testemunhas para o julgamento. Entre elas estão o ex-ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e a ex-secretária de Orçamento Federal, Esther Dweck. O senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, antecipou que os parlamentares pró-impeachment não farão perguntas a fim de não atrasar o julgamento. (Medeiros) Já fizemos isso no período da Comissão porque eles trouxeram 40 testemunhas.Boa parte delas militantes que ficavam fazendo proselitismo. O que eles querem é fazer comício com cada testemunha. O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, já convocou o início do julgamento para o dia 25 de agosto, às 9 horas. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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