Plenário aprova julgamento de Dilma Rousseff, mas aliados da presidente afastada minimizam derrota

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LOC: POR 59 VOTOS FAVORÁVEIS E 21 CONTRÁRIOS, O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU O JULGAMENTO DE DILMA ROUSSEFF POR CRIME DE RESPONSABILIDADE. LOC: ALIADOS DA PETISTA MINIMIZARAM A DERROTA AO AFIRMAREM QUE MUITOS SENADORES VÃO MUDAR O VOTO NA ÚLTIMA ETAPA DO PROCESSO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Dos 81 senadores presentes, 59 votaram pela aprovação do relatório do senador Antonio Anastasia, do PSDB mineiro, que defendeu o julgamento de Dilma Rousseff. Vinte um foram contrários e o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, não votou. Os pró-impeachment reafirmaram que a presidente afastada cometeu crime de responsabilidade com os decretos suplementares sem autorização do Congresso Nacional e sem respaldo financeiro e com as pedaladas, ou pagamento de contas da União por bancos públicos. O jurista Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment, disse que as consequências dos atos de Dilma podem ser vistas na crise econômica. (Reale) Não se está afastando uma presidente da República por fatos isolados, mas por uma conduta irresponsável e por uma conduta que leva à consequência de reconhecê-la como não mais digna para exercer o alto mandato de presidente da República. Não merece mais governar o Brasil. A forma de governar o Brasil levou o Brasil ao desastre que se encontra. REP: O advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, voltou a afirmar que o processo é político e sem provas contra a presidente afastada. (Cardozo) Não há dolo, não há nada. As provas são fatais e arrasadoras. Somente a uma conclusão se pode chegar. Quer se utilizar pretextos para afastar a senhora presidente da República por razões políticas. REP: Para o senador Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, o resultado dessa votação já sinaliza que Dilma poderá perder o mandato definitivamente no julgamento. (Tasso) Já é uma tendência dos senadores. Claro que haverá uma última etapa do julgamento. Mas fica mais ou menos delineada a tendência da maioria dos senadores. Portanto, essa sinalização é importante sim. REP: Mas o líder do PT, senador Humberto Costa, de Pernambuco, disse que o resultado já era esperado. Ele acredita que o processo será ser revertido na etapa final. (H.Costa) Entre os 59, há inclusive vários senadores que sabemos que mudaram a sua posição. Mas entre eles há um sentimento de que não devem ser expor às pressões e chantagens que o governo fará para impedi-los de votar da maneira que o Brasil espera. REP: A sessão da pronúncia durou cerca de 17 horas, incluindo a manifestação de 47 senadores em Plenário. Da Rádio Senado, Hérica Christian.