Proposta que legaliza jogos de azar no Brasil será reexaminada em comissão

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LOC: A AUTORIZAÇÃO PARA A VOLTA DOS JOGOS DE AZAR NO BRASIL SERÁ EXAMINADA NOVAMENTE POR COMISSÃO DO SENADO LOC: O PROJETO JÁ ESTAVA PRONTO PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) A proposta que autoriza os jogos de azar no Brasil foi retirada da pauta do plenário do Senado e voltou à Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional para análise. O relator do projeto, senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, autor do requerimento para reexame, argumentou que após receber representantes de vários órgãos públicos, ficou clara a necessidade de aperfeiçoar a proposição para evitar que os jogos de azar não sejam usados para a lavagem de dinheiro. Presidente da Comissão Especial, o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, defendeu a aprovação do projeto: (Otto Alencar) Esse projeto de regulamentação de jogos é um projeto que se for regulamentado no Brasil deve levar de impostos anualmente algo em torno de 20 bilhões de reais, que seriam aplicados na saúde pública para atender aos municípios brasileiros que aplicam muito em saúde pública e aos estados. (Repórter) O projeto do senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, foi aprovado pela Comissão Especial em março deste ano. Para o senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, a implantação dos jogos de azar vai permitir lavar grandes fortunas do crime organizado nacional e internacional: (Magno Malta) Não quero nem na possibilidade dessa eventual liberação. Nós tamos trabalhando para que isso não aconteça. Acho isso ridículo. Nós vamos nos tornar o paraíso da contravenção para os contraventores do mundo. Essa história de Las Vegas para justificar jogo do bicho no Brasil por exemplo, isso é uma piada de mal gosto. Para que servirá a legalização desses jogos? Para lavar dinheiro da contravenção e dinheiro do narcotráfico. (Repórter) Os jogos de azar, como roleta e bacará, foram legalizados no Brasil entre os anos 1920 e 1946. O fechamento, por decreto-lei no governo do presidente Eurico Gaspar Dutra, teve fortes discussões sobre sonegação de impostos, cobertura ao crime organizado, incentivo ao vício e críticas religiosas. PLS 186 de 2014