CDH debate conflitos e violência em acampamentos do MST

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LOC: “A CRISE POLÍTICA, ECONÔMICA, SOCIAL E ÉTICA NO BRASIL À LUZ DOS DIREITOS HUMANOS”, ESSE FOI O TEMA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA PROMOVIDA PELA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA. LOC: O FOCO DA AUDIÊNCIA FORAM OS CONFLITOS GERADOS NO ACAMPAMENTO DOM TOMÁS BALDUÍNO, NO ESTADO DO PARANÁ. MAIS INFORMAÇÕES COM O REPÓRTER THIAGO MELO. TÉC (Repórter) Senadores e membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, do estado do Paraná, debateram os conflitos e a violência no acampamento Dom Tomás Balduíno, na região de Quedas do Iguaçu, no estado do Paraná. Entre os convidados estavam Bernardino Camilo da Silva, advogado do MST, Leure Simone Ritta, integrante da coordenação regional do MST do Paraná, e o membro da direção do acampamento Dom Tomás Balduíno, Rudmar Moeses. Para a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, a audiência é necessária, pois os acampados sofrem muito preconceito. (Gleisi Hoffmann) Tem muito preconceito, muito desprezo, muita campanha sendo feita contra os acampados, pra tentar dizer que eles estão lá e estão prejudicando a ordem, o emprego, a cidade, o desenvolvimento. (Repórter) Segundo Leure Simone Rita, da coordenação do MST do Paraná, policiais e seguranças privados têm usado a violência contra o acampamento e na maioria dos casos, ficam impunes dos crimes. De acordo com a Comissão Pastoral da Terra, só em dois mil e quinze, foram quase cinquenta mortes causadas por conflitos no campo, incentivados principalmente por disputas de terras, madeira e água. O senador Paulo Paim, do PT gaúcho, condenou a forma como os acampados da região têm sofrido com a violência e afirmou ser necessária uma reforma agrária em todo o Brasil. (Paulo Paim) Num país capitalista mesmo, a reforma agrária já aconteceu, é dado o direito do trabalhador de ter posse da terra, produzir a alimentação pra chegar mais em conta na mesa do trabalhador, mas aqui no Brasil há uma resistência enorme nessa questão da reforma agrária. (Repórter) A expectativa segundo Paim é que os dados levantados pelos membros do MST sejam enviados à Secretaria de Direitos Humanos da República. Da Rádio Senado, Thiago Melo.