Relator da Comissão do Impeachment defende afastamento definitivo de Dilma Rousseff — Rádio Senado
Impeachment

Relator da Comissão do Impeachment defende afastamento definitivo de Dilma Rousseff

02/08/2016, 20h42 - ATUALIZADO EM 02/08/2016, 20h42
Duração de áudio: 02:20
Comissão Especial do Impeachment 2016 (CEI2016)

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edílson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: AO CHAMAR DE ATENTADO À CONSTITUIÇÃO, RELATOR DA COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT DEFENDE AFASTAMENTO DEFINITIVO DE DILMA ROUSSEFF. LOC: EM PARECERES ALTERNATIVOS, DEFENSORES DA PRESIDENTE AFASTADA REAFIRMAM INOCÊNCIA DA PETISTA. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) No relatório de 447 páginas, o senador Antonio Anastasia, do PSDB de Minas Gerais, citou a existência de provas de crimes de responsabilidade cometidos por Dilma Rousseff. Segundo ele, nos casos da edição de decretos suplementares sem a autorização do Congresso Nacional, houve ação direta da presidente afastada, e das pedaladas fiscais, ou, pagamento de contas da União pelo Banco do Brasil, houve omissão. Para o relator, os gastos extras e o atraso de repasses para bancos públicos que impactaram nas contas do País não podem ser tratados como meras formalidades contábeis, mas como um atentado à Constituição. Com base em documentos recebidos, nos depoimentos das testemunhas, na perícia e nas alegações finais, Anastasia defendeu o julgamento de Dilma pelo Plenário do Senado. (Antonio Anastasia) Na realidade, tivemos ali uma coletânea de ações que comprovam um verdadeiro atentado à Constituição. O conjunto de provas amealhadas neste processo demonstra que de fato a senhora presidente cometeu os crimes de responsabilidade pelas quais está respondendo neste momento. (Repórter) No voto em separado, os defensores de Dilma rebateram as acusações. Reafirmaram que o processo é uma manobra política da antiga oposição e de dirigentes partidários investigados na Operação Lava Jato. A senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, questionou a responsabilidade de Dilma nos decretos, que foram assinados após análise técnica e da mesma forma feita por outros presidentes da República, e nas pedaladas, ao citar que não cabe ao Palácio do Planalto fazer os pagamentos ao Banco do Brasil. (Vanessa Grazzioti) Ela não cometeu nem por ação nem por omissão. É lamentável que ele tenha mais uma vez apresentado um relatório politico e não jurídico. Fugiu completamente da questão jurídica. A prova maior disso está nas conclusões. É uma análise econômica do momento e que não fala absolutamente nada em relação às duas denúncias. (Repórter) Lidos o relatório e o voto em separado, cada senador terá até 10 minutos para discutir os pareceres nesta quarta-feira, para votação na quinta-feira. HC ao vivo para o Jornal do Senado. E O PRESIDENTE DO SENADO, RENAN CALHEIROS, DO PMDB DE ALAGOAS, DISSE HOJE QUE VAI TRABALHAR PARA CONCLUIR O IMPEACHMENT AINDA ESTE MÊS. SEGUNDO RENAN, O JULGAMENTO DEVE COMEÇAR NO DIA 25 OU 26. ELE NÃO DESCARTOU, INCLUSIVE, SESSÕES AOS SÁBADOS E DOMINGOS PARA CONCLUIR TODO O PROCESSO. E O PRESIDENTE DA COMISSÃO, SENADOR RAIMUNDO LIRA, DO PMDB DA PARAÍBA, ESTÁ NESTE MOMENTO REUNIDO COM O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI, PARA DEFINIR O INÍCIO DO JULGAMENTO FINAL NO PLENÁRIO. LEWANDOWSKI É QUEM PRESIDIRÁ AS PRÓXIMAS SESSÕES.

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