CDH discute demissão de dirigentes sindicais — Rádio Senado
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CDH discute demissão de dirigentes sindicais

01/08/2016, 13h34 - ATUALIZADO EM 01/08/2016, 13h41
Duração de áudio: 02:13
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DISCUTIU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NESTA SEGUNDA-FEIRA A DEMISSÃO DE DIRIGENTES SINDICAIS. LOC: OS PARTICIPANTES DO DEBATE SE MOSTRARAM PREOCUPADOS COM A DESVALORIZAÇÃO DOS SINDICATOS, O QUE PODE LEVAR À PRECARIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO NO PAÍS. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: A iniciativa para discutir a situação vivida pelos sindicatos é do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul. Na avaliação dele, a restrição da atuação dos sindicatos faz parte de um plano para retirar direitos dos trabalhadores. Ele citou, como exemplo, as propostas que permitem a negociação direta entre patrão e empregado, sem consideração à legislação, o chamado negociado sobre o legislado, e a terceirização para todas as áreas. (PAIM) “O que eles querem é a volta do trabalho escravo, o que eles querem é isso, que é regulamentar o trabalho escravo. Tirem a Justiça do Trabalho, acabem com a CLT e tirem os sindicatos quem é que vai mandar nessa relação? Esse é o tripé que eles estão querendo. E eu nem estou falando aqui da Previdência. Nem a ditadura teve coragem de fazer isso”. (Iara): Na visão do representante do Ministério Público do Trabalho, Renan Bernardi Kalil, os dirigentes sindicais estão fragilizados diante das propostas que reduzem direitos dos trabalhadores e da crise econômica que o Brasil enfrenta. (KALIL) “Dentro desse contexto todo, pelo menos no nosso ponto de vista, não há dúvida de que a pressão sobre os dirigentes vai aumentar, a precariedade da garantia de emprego que a gente tem no Brasil vai piorar mais ainda e a situação vai degringolar de uma forma muito complicada”. (Iara): O representante do Ministério do Trabalho, Carlos Cavalcante de Lacerda, afirmou que o ministério não vai permitir a retirada de direitos trabalhistas. Ele sugeriu que o Congresso discuta o financiamento dos sindicatos para que possam melhor atuar na defesa dos trabalhadores. (LACERDA) “É importantíssimo que a população saiba, porque, às vezes, você vê o movimento sindical só na questão das greves, isso é importante. Mas volto a dizer: o movimento sindical tem muito a contribuir e vai contribuir para a geração de emprego e renda e tirar esse país da crise”. A CDH voltará a realizar audiências nos estados para discutir os temas terceirização, trabalho escravo, negociado sobre o legislado e reforma da Previdência. A próxima reunião vai acontecer em onze de agosto, em São Paulo. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.

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