Casos de estupros coletivos foram temas constantes nas discussões da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher — Rádio Senado
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Casos de estupros coletivos foram temas constantes nas discussões da Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher

18/07/2016, 17h57 - ATUALIZADO EM 18/07/2016, 17h57
Duração de áudio: 01:52
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: NO PRIMEIRO SEMESTRE DESTE ANO, A COMISSÃO MISTA DE COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER CONCENTROU PARTE DE SUAS ATIVIDADES À DISCUSSÃO DOS CASOS DE ESTUPRO COLETIVO. LOC: DOIS CASOS FORAM MARCANTES, UM NO PIAUÍ E O OUTRO NO RIO DE JANEIRO, ONDE FOTOS E VÍDEOS DA VÍTIMA FORAM COLOCADOS NAS REDES SOCIAIS. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter): Os casos de estupros coletivos no Brasil foram tema constante nas discussões da Comissão Mista de Combate à Violência Contra a Mulher. Houve unanimidade entre as deputadas e senadoras de que a legislação deve ser muito mais dura para esses casos. A presidente da comissão, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso, destacou a aprovação do projeto da senadora Vanessa Grazziotin, do PC do B do Amazonas, que tipifica o estupro coletivo e prevê o aumento da pena para aqueles que cometerem esse crime: (SIMONE): Aprovado na CCJ, esse projeto tipifica o estupro coletivo. Diz que quando o ato envolver duas ou mais pessoas no constrangimento dessa vítima, está caracterizado o estupro coletivo e teria um aumento aí de um terço da pena. (Reopórter): O projeto seguiu para a Câmara dos Deputados para ser votado em regime de prioridade, já tendo como relator o deputado Fábio Ramalho do PMDB de Minas Gerais. Outra questão levantada na Comissão, foi o despreparo de delegados e agentes que cuidam destas denúncias, como explicou a senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo: (MARTA): Quando vi como o delegado, o primeiro que se relacionou com o caso de estupro da jovem do Rio de Janeiro, ele colocou um vídeo e fotos nuas da moça, na frente dela, com mais pessoas em volta, todos homens. E a primeira pergunta feita foi se ela gostava ou costumava pratica sexo grupal? (Repórter): A falta de sensibilidade no recebimento de mulheres vítimas de violência foi também criticada pela senadora Ana Amélia, do PP gaúcho: (ANA AMÉLIA): Ali estão todo tipo de pessoas, com todo tipo de delito, ali tá de trânsito, de qualquer coisa. E a mulher vai às vezes levando um filho menor e na frente daquelas pessoas ela tem de contar o que aconteceu. Então, ela sofre uma dupla violência. (Repórter): A Comissão de Combate à Violência Contra a Mulher retoma suas atividades em agosto, para deliberar sobre a realização de três audiências públicas. Da Rádio Senado, Carlos Penna Brescianini.

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