Oposição prevê dificuldade na votação de MP que muda regras para concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez — Rádio Senado

Oposição prevê dificuldade na votação de MP que muda regras para concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez

08/07/2016, 17h03 - ATUALIZADO EM 08/07/2016, 17h03
Duração de áudio: 02:03
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DA OPOSIÇÃO PREVEEM DIFICULDADE NA VOTAÇÃO DA MEDIDA PROVISÓRIA QUE MUDA REGRAS PARA A CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA E APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. LOC: GOVERNISTAS, POR SUA VEZ, CRITICAM ARGUMENTOS DA EXTINÇÃO DE DIREITOS PREGADOS PELOS OPOSICIONISTAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: Para reduzir o déficit na Previdência Social, estimado em R$ 200 bilhões, o governo federal vai limitar o pagamento do auxílio-doença a 4 meses. Após esse período, o segurado deverá solicitar o benefício novamente. A medida provisória, já publicada, prevê ainda que o aposentado por invalidez poderá ser convocado a qualquer momento pelo INSS para uma nova perícia. O mesmo valerá para quem recebe o auxílio-doença, que terá que se submeter a um processo de reabilitação profissional, dependendo da conclusão dos exames. Caso o segurado não consiga voltar ao trabalho poderá pleitear a aposentadoria por invalidez. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, prevê dificuldades na aprovação dessas mudanças. Ela questionou as medidas adotadas pelo governo interino para cortar gastos. (Gleisi) Uma coisa é você qualificar os gastos e evitar desperdícios. Outra coisa é você atentar contra os mais pobres. Temos que ter equilíbrio financeiro, equilíbrio fiscal. Mas não pode ser na conta dos mais pobres, de quem tem Previdência e recebe salário mínimo. Temos que ter também uma limitação de gastos com juros, com os serviços da dívida. REP: A senadora Ana Amélia, do PP gaúcho, criticou os argumentos da oposição contra a medida provisória. Ela negou que as mudanças representem o fim de direitos dos trabalhadores ao afirmar que serão ajustes para coibir fraudes. (Ana Amélia). É natural que o PT faça essa gritaria usando até em alguma medida um terrorismo para mobilizar os trabalhadores porque está se retirando direitos dos trabalhadores. É uma coisa impensável do ponto de vista da responsabilidade que lideranças políticas têm em relação à verdade. REP: A medida provisória também prevê o pagamento de um adicional aos peritos do INSS que analisarem os pedidos de benefício por incapacidade, parados há mais de dois anos. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

Ao vivo
00:0000:00