Governo e oposição discordam sobre meta fiscal para 2017 — Rádio Senado
Economia

Governo e oposição discordam sobre meta fiscal para 2017

08/07/2016, 17h08 - ATUALIZADO EM 08/07/2016, 17h08
Duração de áudio: 01:55
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: OPOSIÇÃO AFIRMA QUE O ROMBO NAS CONTAS PÚBLICAS EM 2017 SERÁ MAIOR DO QUE OS CENTO E TRINTA E NOVE BILHÕES ANUNCIADOS PELA EQUIPE ECONÔMICA. LOC: JÁ O LÍDER DO GOVERNO GARANTE QUE A META FISCAL DEFICITÁRIA ANUNCIADA PELA EQUIPE ECONÔMICA SERÁ ALCANÇADA COM OUTRAS FONTES DE ARRECADAÇÃO QUE NÃO PASSAM PELO AUMENTO DE IMPOSTOS. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. TÉC: O líder da minoria, senador Lindbergh Farias do PT do Rio de Janeiro, criticou a nova meta fiscal proposta pela equipe econômica. Para 2017, está previsto um déficit de R$ 139 bilhões, menor do que os R$ 170 bilhões deste ano. Lindbergh questionou o realismo da meta ao citar que o governo interino conta com R$ 55 bilhões de receitas que não são garantidas, a exemplo de concessões e privatizações. O petista disse ainda que no lugar de cortar gastos, Michel Temer elevou as despesas ao citar os reajustes salariais do funcionalismo público. (Lindbergh) Na verdade, não é R$ 139 bilhões. Se você for ver em relação às despesas, houve um aumento de despesas para R$ 194 bilhões. Esse ano foi R$ 170 bilhões. O número de R$ 139 bilhões aparece porque eles colocaram R$ 55 bilhões a mais de arrecadação em novos impostos, concessões ou privatizações. REP: O líder do governo no Senado, Aloysio Nunes Ferreira do PSDB de São Paulo, negou aumento de gastos com os reajustes do funcionalismo. Ele citou que além de terem sido negociados no governo Dilma, portanto, estarem no Orçamento, os aumentos terão um impacto menor do que a inflação. Aloysio Nunes Ferreira também descartou o aumento de impostos para compor as receitas extraordinárias ao lembrar a arrecadação com a legalização de contas de brasileiros no exterior. (Aloysio) Essas receitas ordinárias não limitarão a privatizações e concessões. Elas acontecerão sim a partir do momento em que o governo assume o compromisso de respeitar os contratos e evitar interferências nas regras dos jogos estabelecidas e aumentar a atratividade dos novos leilões. REP: O governo Dilma estimava uma arrecadação de até R$ 120 bilhões com a repatriação de recursos de brasileiros no exterior. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

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