Em audiência no Senado, ministro da Saúde defende o programa Mais Médicos — Rádio Senado

Em audiência no Senado, ministro da Saúde defende o programa Mais Médicos

05/07/2016, 19h18 - ATUALIZADO EM 06/07/2016, 10h05
Duração de áudio: 02:28
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO MISTA QUE ANALISA A MEDIDA PROVISÓRIA QUE PRORROGA POR MAIS TRÊS ANOS O PROGRAMA MAIS MÉDICOS OUVIU NESTA TERÇA-FEIRA O MINISTRO DA SAÚDE, RICARDO BARROS E REPRESENTANTES DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE E DOS PREFEITOS. LOC: TODOS OS CONVIDADOS DEFENDERAM A PRORROGAÇÃO DO PROGRAMA E AFIRMARAM QUE A PRIORIDADE DO MAIS MÉDICOS É A ADESÃO DE PROFISSIONAIS BRASILEIROS. OUÇA OS DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC (Paula RICARDO/HUMBERTO/HUMBERTO) – O ministro da Saúde, Ricardo Barros, veio ao Senado para defender a aprovação da Medida Provisória que prorroga o Mais Médicos por mais 3 anos. Ele confirmou que o convênio com médicos estrangeiros ficará mantido com a prorrogação, mas a prioridade do programa é a participação de profissionais brasileiros. (RICARDO). Portanto, o Mais Médicos poderá, a um determinado tempo, ser um programa de médicos brasileiros, desde que eles se apresentem para essas seleções. Até que exista algum ponto no Brasil onde médicos brasileiros não queiram comparecer, prestar os seus serviços, nós manteremos então o convênio com os médicos estrangeiros através da Organização Pan-americana de Saúde. (Paula) O ministro falou que o programa tem tido uma alta aprovação e informou que a parceria representou até agora investimentos na ordem de 3 bilhões de reais diretamente nos municípios brasileiros, na medida em que os médicos são remunerados pela União. Para o secretário de saúde do Distrito Federal, Humberto Fonseca, o DF tem sido beneficiado com o programa, principalmente nos municípios mais distantes de Brasília. (HUMBERTO) Nossa região mais distante hoje é Brazlândia. Brazlândia está a pouco mais de 50 quilômetros do centro de Brasília e mesmo assim é extremamente difícil conseguir um profissional médico pra trabalhar ali. Na última nomeação nós mandamos 8 médicos pra Brazlândia. Os 8 pediram exoneração por entenderem que 50 quilômetros é uma distância longa demais. (Paula) O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Ronald dos Santos, contou que em 2014, o programa contava com mil 846 médicos brasileiros e hoje esse número está em 5 mil 274 profissionais, enquanto os médicos cubanos não aumentaram, e são 11 mil 429 há dois anos. Na avaliação do relator da MP, senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, apesar da resistência inicial ao programa, o Mais Médicos hoje é quase consensual. (HUMBERTO). Um grande debate que houve aqui foi o de que esse programa iria interferir pesadamente no mercado de trabalho dos médicos. Ia provocar um aviltamento das condições de trabalho e da remuneração. Hoje nós podemos dizer com absoluta tranquilidade que esse efeito não ocorreu. Ao contrário. (Paula) A apresentação do está marcada para esta quarta-feira. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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