Dia Nacional do Bumba Meu Boi é celebrado em 30 de junho, e senadores comentam tradição secular — Rádio Senado
Patrimônio Cultural

Dia Nacional do Bumba Meu Boi é celebrado em 30 de junho, e senadores comentam tradição secular

29/06/2016, 15h12 - ATUALIZADO EM 29/06/2016, 15h38
Duração de áudio: 04:12
http://portal.iphan.gov.br/

Transcrição
LOC: 30 DE JUNHO É O DIA NACIONAL DO BUMBA MEU BOI. O FOLGUEDO, DIFUNDIDO POR TODO O BRASIL, TEM ESPECIAL DESTAQUE NO MARANHÃO. LOC: E SENADORES DO ESTADO DESTACAM QUE A TRADIÇÃO SECULAR É UMA CELEBRAÇÃO DA VIDA. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: TEC: (Repórter): (BG – Boi do Maracanã - toada: “Maranhão, meu tesouro, meu torrão” – cantador: “No mês de junho tem o bumba-meu-boi / que é festejado em louvor a São João...” – desce para BG) Principal festa folclórica do Estado, em 2011, o Bumba-meu-boi do Maranhão foi reconhecido como “Patrimônio Cultural do Brasil”, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN. Uma tradição de séculos, como ressalta o senador Edison Lobão, do PMDB maranhense: (LOBÃO) Surgiu no século XVIII, portanto, são muitos séculos, já, de experiência em que o povo mergulha, completamente, nessas festividades. São as festas de São João que, no caso do Maranhão, são ligadas diretamente ao bumba-meu-boi. (Repórter) Segundo o IPHAN, o Maranhão tem cerca de 450 grupos de boi, divididos em vários estilos rítmicos, ou “sotaques”, que variam conforme os instrumentos usados nas toadas – matraca (trecho), zabumba (trecho) - a forma de tocá-los - como no sotaque “costa de mão” (trecho) - ou a região de origem – como no sotaque “da Baixada” (trecho). Tem também o sotaque de “orquestra”, com instrumentos de sopro e cordas: (BG – Boi de Axixá - toada: “Bela Mocidade” – cantador: “Mas é que o vento buliçoso balançava seus cabelos / e eu ficava com ciúme do perfume ele tirar / mas quando o banzeiro quebrava / teu lindo rosto molhava / e a gente se rolava na areia do mar”) (Repórter) 30 de junho, além de ser dia do Bumba-meu-boi, também é dia de São Marçal, um santo pouco conhecido, mas muito festejado na capital maranhense, São Luís. Todos os anos, os bois de matraca se encontram no bairro do João Paulo, na capital ludovicense, em homenagem ao santo. (BG – Boi da Maioba - toada: “Se não houvesse sol” – cantador: “mas como existe tudo isso, meu povo / eu vou guarnicê meu batalhão de novo...”) (Repórter) Outro traço distintivo do bumba-meu-boi do Maranhão é seu caráter não competitivo, que o diferencia, por exemplo, do Boi-Bumbá de Parintins, no Amazonas, como destacou o senador Roberto Rocha, do PSB maranhense: (ROCHA) No bumba-meu-boi não tem vencedores nem perdedores; é uma celebração da vida, uma festa muito democrática e muito participativa. (Repórter) (BG – música “Boi da Lua”) O bumba-meu-boi influenciou a MPB em álbuns como o “Bandeira de Aço”, de 1978, do compositor maranhense Papete, que morreu no final de maio. João Alberto Souza, do PMDB do Maranhão, lembrou que Papete também era pesquisador e escreveu um livro sobre essa manifestação popular: (J.ALBERTO) Nele, Papete mostra que o Bumba-meu-boi é feito de luta, sacrifício, paixão e poesia. (Repórter) O folguedo tem origem na lenda da morte e ressurreição do boi sacrificado por Pai Francisco, para matar o desejo de sua esposa grávida, Catirina, de comer a língua do boi preferido da fazenda. O reavivamento do boizinho é feito pela pajelança de uma tribo de índios. (BG – Boi de Pindaré - toada: “Novilho brasileiro” – cantador: “URROU, URROU, URROU, URROU / O novilho brasileiro que a natureza criou”. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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