Comissões debatem criação da Ferrovia Transcontinental

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LOC: AS COMISSÕES DE INFRAESTRUTURA, RELAÇÕES EXTERIORES E DE ASSUNTOS ECONÔMICOS DEBATERAM NESTA QUARTA-FEIRA A FERROVIA TRANSCONTINENTAL. LOC: O EMPREENDIMENTO, QUE VAI LIGAR O LITORAL BRASILEIRO AO LITORAL PERUANO, TEM AINDA O APOIO DA CHINA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: A ideia da ferrovia transcontinental é ampliar o comércio do Brasil com o mercado asiático por meio do Oceano Pacífico. Permitirá, por exemplo, que os grãos produzidos no Centro-Oeste cheguem à China em menos tempo e com frete menor. Bi Qiang, representante do conglomerado chinês interessado na construção da ferrovia, detalhou os estudos sobre a obra, os possíveis trajetos, os ganhos com o empreendimento e também as dificuldades do projeto. Como a travessia dos Andes, no lado peruano, e a incompatibilidade entre as bitolas dos dois países. (BI QIANG e INTÉRPRETE): As bitolas peruana e brasileira são diferentes, além do tipo de tração. Tração diesel no trecho brasileiro e no lado peruano ainda a ser definido de acordo com o trecho de planície do território. (REP): Guilherme Bianco, do Ministério do Planejamento, disse que a ferrovia devia ser entendida dentro de um contexto mais amplo, de obra estruturante para o País. (GUILHERME): Precisamos observar que ela vai fazer uma integração modal com o próprio rio Madeira, hidrovia do Madeira, várias rodovias federais importantes como a BR 163 em Mato Grosso, ou a 164, no estado de Rondônia, no Acre, inclusive um trecho também em Mato Grosso. Inclusive vai ligar com a Norte-Sul, ela parte da Norte-Sul. (REP): O senador Jorge Viana, do PT do Acre, afirmou que o empreendimento pode mudar a geografia do continente e abrir novas oportunidades para o Brasil. (VIANA): A relação de um país como o nosso, um dos maiores produtores de alimentos do mundo que tem muito a crescer não só na área do agronegócio, mas na área dos industrializados, tendo uma espécie de conexão direta com o Pacífico, com a Costa Oeste americana e um mercado que cresce, e é um dos maiores do mundo, que é o mercado o asiático. (REP): Representantes do Itamaraty, do Ministério dos Transportes e das embaixadas chinesa e peruana também estiveram presentes no debate.