Abertura para capital estrangeiro nas empresas aéreas pode fortalecer o desenvolvimento da aviação regional — Rádio Senado
Medida Provisória

Abertura para capital estrangeiro nas empresas aéreas pode fortalecer o desenvolvimento da aviação regional

29/06/2016, 14h56 - ATUALIZADO EM 29/06/2016, 14h56
Duração de áudio: 02:27
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
LOC: A ABERTURA PARA CAPITAL ESTRANGEIRO NAS EMPRESAS AÉREAS PODE FORTALECER O SETOR E FAVORECER O DESENVOLVIMENTO DA AVIAÇÃO REGIONAL. LOC: ESTA É A OPINIÃO DOS PARTICIPANTES DE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL E TURISMO QUE DISCUTIU NESTA QUARTA-FEIRA A EXPANSÃO DA AVIAÇÃO NO BRASIL. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC. (Repórter): Não há dúvida quanto à necessidade da abertura à participação do capital estrangeiro nas empresas de aviação brasileiras para incremento da aviação regional. O que não é consenso é quanto ao percentual. A Medida Provisória 714 previa, inicialmente, um percentual de 49 por cento, mas o texto aprovado na Câmara abriu em cem por cento a participação estrangeira nas empresas nacionais. O senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, defende prestação de serviços de qualidade, não importando a origem da empresa. (MEDEIROS) “As que estão aí têm condições de fazer uma abrangência de todo o território nacional? Não têm! Por que nós vamos manter um negócio que não está bom para gente? Se a empresa é do Japão, da Coréia ou de onde que é, não importa muito quando eu vou utilizar o serviço. Na verdade, o que o passageiro quer é qualidade”. (Repórter): Essa também e a opinião do representante da Agência Nacional de Aviação, a Anac, Ricardo Bisinotto. (BISINOTTO) “Nós entendemos, sim, que a liberação para o capital estrangeiro pode trazer novas tecnologias, novos investimentos, capitalização das empresas, hoje, não só as que estão em dificuldades, todos sabemos disso, mas também novos concorrentes”. (Repórter): Não só as empresas em dificuldades financeiras precisam do investimento estrangeiro, mas o setor aéreo como um todo pode ser impulsionado, disse o representante da associação das empresas aéreas, Victor Celestino. (VICTOR) “O capital estrangeiro faz, sim, diferença na medida em que são empreendimentos privados, que necessitam de poder de compra e negociação em nível global para buscar e trazer as melhor tecnologia que está à disposição”. (Repórter): Já a senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, considera necessária a abertura. Mas questiona se deve ser aprovada a abertura total neste momento. Na avaliação dela, a burocracia brasileira, a alta carga tributária e a baixa demanda gerada pela crise econômica não vão atrair investidores. (SIMONE) “Então, não é a questão de chegar a 60, 70 ou 100 por cento ou 51 por cento que, ao meu ver, vai solucionar o problema da aviação regional. Passar de 49 para 100 por cento vai diminuir a tarifa, vai levar voos regionais?”. (Repórter): A Medida Provisória 714, que permite cem por cento de capital estrangeiro nas empresas aéreas nacionais, está pronta para ser votada no Plenário. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges. MP 714/2016

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