CDH realiza audiência para discutir os crimes de estupro — Rádio Senado
Direitos Humanos

CDH realiza audiência para discutir os crimes de estupro

10/06/2016, 17h09 - ATUALIZADO EM 10/06/2016, 17h09
Duração de áudio: 02:00
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS REALIZA NESTA SEGUNDA-FEIRA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA PARA DISCUTIR OS CRIMES DE ESTUPRO. LOC: O ALTO ÍNDICE DE SUBNOTIFICAÇÕES E OS CASOS RECENTES DE ESTUPRO COLETIVO NO RIO DE JANEIRO E NO PIAUÍ DEVEM FAZER PARTE DA PAUTA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. (Repórter) Entre os participantes da audiência pública estão representantes da Associação de Advogados pela Igualdade de Gênero, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria, o Cfemea, e da Secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora da Central Única dos Trabalhadores. A senadora Regina Sousa, do PT do Piauí, é uma das autoras do requerimento. Ela defende a discussão do assunto nas escolas. (Regina Sousa) “Isso tem que deixar de ser pauta feminina. Tem que forçar essa discussão com os homens, em todos os ambientes, nas escolas. Não importa que a palavra gênero foi tirada das leis, arranja outras palavras, mas a gente tem que discutir.” (Repórter) No fim de maio, o Senado aprovou um projeto que aumenta a pena para estupros coletivos e torna crime a divulgação das imagens. Ao comentar o caso da adolescente de 16 anos que foi vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro, a relatora da proposta, senadora Simone Tebet, do PMDB de Mato Grosso do Sul, disse que é preciso por um fim à impunidade dos agressores. (Simone Tebet) “Nós mulheres, sentimos como uma bofetada na cara quando vimos aqueles jovens chegando totalmente descolados, rindo achando que saíram impunemente depois de terem divulgado em rede social essa barbárie”. (Repórter) Como, neste caso, dados do IPEA mostram que mais de 15% dos estupros são cometido por mais de um agressor. Em 2014, último ano da pesquisa, 48 mil estupros foram registrados em todo o país. O número representa uma agressão a cada onze minutos. Além disso, setenta por cento das vítimas são crianças e adolescentes. Porém, especialistas afirmam que os números estão distantes da realidade e estimam que apenas 10% das vítimas prestem queixa. A audiência pública será realizada em caráter interativo. Para participar, acesse o Portal e-Cidadania, no link: www.senado.leg.br/ecidadania

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