CPI do Assassinato de Jovens votará relatório final de senador Lindbergh Farias

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LOC: A CPI DO ASSASSINATO DE JOVENS VOTA O RELATÓRIO FINAL DO SENADOR LINDBERGH FARIAS NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA. LOC: ALÉM DO DIAGNÓSTICO SOBRE OS HOMICÍDIOS DE JOVENS NO PAÍS, O DOCUMENTO DEVE TRAZER ENCAMINHAMENTOS ÀS AUTORIDADES PARA COMBATER OS CRIMES NO PAÍS. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) Nos mais de 12 meses de funcionamento, a CPI do Assassinato de Jovens realizou 29 audiências públicas e reuniu mais de 200 especialistas, acadêmicos, organizações da sociedade civil, parlamentares, órgãos públicos e familiares de vítimas para debater os homicídios no país. E as conclusões desse trabalho serão apresentadas pelo relator Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro. Ao adiantar o teor do relatório, o senador afirmou que o trabalho será voltado para o alerta mundial sobre a situação que o Brasil passa e a necessidade urgente da criação de políticas públicas voltadas para a redução de assassinatos de jovens, principalmente de negros moradores da periferia. (Lindbergh Farias) Hoje, quem é mãe de um jovem negro, morador da periferia, quando seu filho sai sexta, sábado à noite, elas ficam com o coração na mão. Porque estão sendo vitimadas pelo tráfico, pela polícia, uma visão extremamente preconceituosa dessa juventude. Estamos falando em 60 mil assassinatos por ano, metade dessa jovens, 70 por cento de jovens negros e moradores de periferia. Então nós temos que chamar a atenção do estado brasileiro e fazer uma denúncia internacional disso que está acontecendo aqui. (Repórter) O senador ainda destacou a falta de um cadastro nacional com dados sobre os assassinatos. Ele afirmou que as informações do relatório são fornecidas por entidades, mas que o governo federal deve criar um sistema unificado com dados sobre os homicídios de jovens. Segundo a presidente da CPI, senadora Lídice da Mata, do PSB da Bahia, devem participar da reunião integrantes de movimentos sociais e autoridades ligadas ao governo e ao Ministério Público. (Lídice da Mata) Nós faremos uma audiência pública com todos eles, onde o relator apresentará o seu posicionamento. Nós submeteremos a um debate para que o relator possa anotar as emendas feitas por essas entidades, com a presença dos senadores componentes da comissão e ao final disso se houver concordância nós aprovaremos as emendas e o texto final do relatório. (Repórter) A apresentação e votação está prevista para o dia 8 de junho, às 11 da manhã.