Senadores divergem sobre pacote econômico lançado por Temer
Transcrição
LOC: SENADORES ALIADOS ELOGIAM O PACOTE ECONÔMICO LANÇADO PELO PRESIDENTE INTERINO.
LOC: MAS A OPOSIÇÃO CRITICA AS MEDIDAS POR CITAREM EVENTUAIS PREJUÍZOS À POPULAÇÃO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Entre as medidas anunciadas pelo presidente interino Michel Temer estão a devolução de R$ 100 bilhões pelo BNDES de recursos do Tesouro Nacional e o uso de R$ 2 bilhões do Fundo Soberano, composto pelos royalties do pré-sal, que deverá ser extinto. Também será encaminhada em breve ao Congresso Nacional uma Proposta de Emenda à Constituição que limita o aumento de gastos públicos à taxa da inflação do ano anterior. O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, defendeu um teto para as despesas públicas.
(Renan Calheiros) Do ponto de vista do País, é fundamental que se coloque um teto de gastos. Essa medida é uma das medidas contidas na Agenda Brasil. Precisamos ter isso para definitivamente termos um parâmetro para que todos os anos não tenhamos que reduzir a meta fiscal.
(Repórter) A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, avalia que o teto pode comprometer algumas áreas essenciais do governo.
(Gleisi Hoffmann) Isso também é uma coisa absurda. Não porque não queiramos que os gastos tenham limite. O problema é que às vezes você não consegue limitar alguns gastos que são essenciais à vida das pessoas, como gastos de saúde. São coisas que agradam o mercado, mas vão desestruturar o País, as coisas para a população.
(Repórter) O senador José Medeiros, do PSD de Mato Grosso, disse que pelo menos, por enquanto, a população não pagará a conta do pacote.
(José Medeiros) Até comemoro porque não houve aumento de impostos. Estamos num momento em que o governo precisa fritar o porco na própria banha. Esse plano traz essa ideia de que o governo está querendo enxugar e fritar o leitão na banha do próprio leitão.
(Repórter) O senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, argumentou que o aumento de impostos só prejudica a economia no momento de crise.
(Romero Jucá) Entramos no governo para aquecer a economia, melhorar o ambiente econômico e dar segurança jurídica. Aumentar imposto no momento de depressão, onde há desemprego, é contribuir para piorar o quadro econômico.
(Repórter) Outra medida anunciada foi a Reforma da Previdência, que ainda não tem data para ser enviada ao Congresso Nacional.