Raimundo Lira avalia que segunda fase do impeachment não deve durar seis meses — Rádio Senado
Impeachment

Raimundo Lira avalia que segunda fase do impeachment não deve durar seis meses

12/05/2016, 19h45 - ATUALIZADO EM 12/05/2016, 20h39
Duração de áudio: 02:30
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: O PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT ANTECIPA QUE A SEGUNDA FASE NÃO DEVERÁ DURAR SEIS MESES A PARTIR DA NOTIFICAÇÃO DA PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF. LOC: O CONGRESSO NACIONAL NÃO TERÁ RECESSO DE JULHO PARA NÃO INTERROMPER INVESTIGAÇÕES, QUE SERÃO COMANDADAS PELO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Aprovada a continuidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente da Comissão Especial, senador Raimundo Lira, do PMDB da Paraíba, revelou que a segunda fase dedicada à investigação do crime de responsabilidade não deverá durar seis meses, prazo do afastamento da petista. (Raimundo Lira) Não temos a intenção de usar os 180 dias porque criaria uma expectativa na população brasileira. Por outro lado, não vamos acelerar nem encurtar o prazo a ponto de prejudicar a ampla defesa da acusada. (Renan Calheiros) A presença dele é mandamento constitucional. (Repórter) O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, já assumiu o comando da Comissão Especial. Caberá ao magistrado responder a todos os questionamentos sobre o processo. Ele já assinou o mandado de citação que concede 20 dias corridos para que Dilma apresente a defesa. Somente a partir dessa notificação, começa a correr o prazo de 180 dias de funcionamento da segunda etapa dos trabalhos da comissão. (Ricardo Lewandowski) Vamos enfrentar duas fases. Uma primeira que é a fase da pronúncia onde serão feitas as provas e as diligências necessárias, onde o protagonismo maior será da Comissão Especial. Depois haverá uma segunda fase eventualmente superada a segunda que será a do julgamento propriamente dita em que terei como presidente do Supremo Tribunal Federal uma presença maior no Senado. (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, anunciou que não haverá recesso parlamentar em julho, conforme prevê a própria lei do impeachment. Ele se disse aliviado por transferir para o presidente do Supremo a condução dos trabalhos da Comissão Especial. (Renan Calheiros) Fiz questão de antecipá-la para dar agilidade e garantir a isenção. Essa casa é uma casa política e muitas vezes conflita interesses. Mas o fundamental é que possamos manter esse clima de paz e unidade para que o Senado sobre qualquer questão delibere da forma que deliberou ontem. (Repórter) Na terça-feira, o presidente da Comissão e o relator, senador Antonio Anastasia do PSDB de Minas Gerais, se encontram com o presidente do Supremo para definir o roteiro dos trabalhos. A primeira reunião do colegiado após a aprovação da admissibilidade está prevista para daqui a duas semanas.

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