Euclides da Cunha pode ser o primeiro escritor a ter nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria

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LOC: EUCLIDES DA CUNHA PODERÁ SER O PRIMEIRO ESCRITOR A TER SEU NOME INSCRITO NO LIVRO DOS HERÓIS DA PÁTRIA. LOC: A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO, CULTURA E ESPORTE APROVOU PROPOSTA COM ESSE OBJETIVO. A MATÉRIA, AGORA, SERÁ EXAMINADA NO PLENÁRIO DO SENADO. DETALHES COM A REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: TÉC: Além de escritor, Euclides da Cunha era também engenheiro civil, bacharel em Matemática, Ciências Físicas e Naturais. É autor da obra-prima “Os Sertões”, na qual enfoca a Revolta de Canudos, em 1896, na Bahia. Nessa obra Euclides considera a geologia, a botânica, a fauna e os rios do nordeste da Bahia. Também fala dos costumes e da religiosidade dos sertanejos. Em 1903, Euclides ingressou na Academia Brasileira de Letras, e agora poderá ser o primeiro escritor a ter seu nome inscrito no livro Heróis da Pátria, como observou o senador Donizete Nogueira, do PT de Tocantins. (DONIZETI) “Ele muda um pouco o perfil dos Heróis da Pátria. Você colocar escritor parecia não ser muito natural. Também não é qualquer escritor, né?. Euclides da Cunha tem um papel muito relevante na formação brasileira”, (Iara): O projeto de lei para inscrição do nome de Euclides da Cunha no Livro dos Heróis da Pátria é de autoria do deputado Carlos Bezerra, do PMDB do Mato Grosso. A senadora Marta Suplicy, do PMDB de São Paulo, lembrou a justificativa do autor ao apresentar a proposta. (MARTA) “Foi sintetizando contradições que o grande Euclides da Cunha nos legou uma das mais sofisticadas obras de compreensão do Brasil. Suas ideias ecoam até nossos dias, suas linhas nos impressionam ainda hoje. O autor, ao pensar o Brasil, foi motivado por coragem intelectual e moral ímpar, o que o levou, afinal, a chamar as nossas realidades por seus próprios nomes” Em seu parecer pela aprovação da proposta, o relator, senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, disse que o escritor merece esse reconhecimento. (OTTO) “Eu sou dessa região onde ele conheceu os pormenores do semiárido da Bahia. Ele foi para o sertão da Bahia conhecer a cultura do povo nordestino, as suas atividades, como conseguia sobreviver com as intempéries da seca, as dificuldades da seca. E eu vejo, aqui, que ele merece, realmente, figurar entre os heróis da Pátria pela contribuição que ele deu com os seus livros e com os seus estudos”. (Iara): O projeto segue para exame do Plenário. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges. PLC 205/2015