Sessão destinada a votar continuidade do processo de impeachment deve durar mais de 16 horas — Rádio Senado
Impeachment

Sessão destinada a votar continuidade do processo de impeachment deve durar mais de 16 horas

10/05/2016, 22h28 - ATUALIZADO EM 10/05/2016, 22h28
Duração de áudio: 03:11
Plenário do Senado Federal durante sessão deliberativa ordinária. 

Mesa: 
senador Vicentinho Alves (PR-TO); 
presidente do Senado Federal, senador Renan Calheiros (PMDB-AL); 
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) 

Foto: Jonas Pereira/Agência Senado
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A SESSÃO DESTINADA A VOTAR A CONTINUIDADE DO PROCESSO DE IMPEACHMENT CONTRA A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF, QUE COMEÇA ÀS NOVE HORAS DA MANHÃ, DEVERÁ DURAR MAIS DE DEZESSEIS HORAS. LOC: O ADVOGADO GERAL DA UNIÃO TERÁ QUINZE MINUTOS PARA AS CONSIDERAÇÕES FINAIS ANTES DA DECISÃO DO PLENÁRIO, QUE PODERÁ AFASTAR A PRESIDENTE DILMA ROUSSEFF POR ATÉ SEIS MESES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN: (Repórter) Até a noite dessa terça-feira, sessenta e cinco senadores se inscreveram para discutir a continuidade ou não do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. A senadora Ana Amélia do PP gaúcho será a primeira a subir à tribuna porque chegou ao meio dia e meia nessa terça-feira para se inscrever. (Ana Amélia) Na verdade, a inscrição abria às 15 horas. Chegamos a fazer uma pré-lista que não foi aceita. Mas fui a primeira a chegar. Demorou até chegar outros senadores. Cheguei porque estava inscrita na Ordem do Dia. (Repórter) Nenhum senador vai extrapolar o prazo de 15 minutos porque o microfone se desligará automaticamente. A senadora Fátima Bezerra do PT do Rio Grande do Norte considera insuficiente esse tempo. (Fátima Bezerra) Acho que uma matéria de tamanha relevância poderia até ter um tempo maior. Temos a avaliação de que se trata de um grande erro histórico porque esse pedido de impeachment contra a presidente Dilma não se sustenta do ponto de vista jurídico e legal. (Repórter) Os senadores inscritos que não estiverem no Plenário no momento da chamada perderão a vez de falar. Mas se todos se manifestarem por 15 minutos, a discussão deverá durar mais de 16 horas. O senador Acir Gurcaz do PDT de Rondônia espera uma economia de palavras. (Acir Gurgacz) A expectativa minha é que os senadores não gastem mais do que 10 minutos para fazer a fala. É um assunto que está sendo debatido há muito tempo. Quanto menos nós falarmos é melhor. Serei objetivo e direito. Creio que devo usar no máximo 2 minutos. (Repórter) O presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, avisou que não haverá orientação dos líderes partidários até para evitar ações judiciais por parte da defesa. (Renan Calheiros) Acho que não é necessário. Até durante esse debate, eu defendi esse ponto de vista. Como esse é um julgamento, qualquer orientação partidária acaba ajudando a partidarizar um assunto que não é bom que aconteça. (Repórter) O senador Antonio Anastasia do PSDB mineiro vai ler o relatório à noite após todos os inscritos falarem. O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, será o último a se manifestar. Ao contrário da Câmara dos Deputados, os senadores não serão chamados individualmente para anunciar o voto, que será apenas registrado no painel, como explica o líder do PSDB, senador Cássio Cunha Lima da Paraíba. (Cássio Cunha Lima) E a votação será nominal pelo sistema eletrônico, o que facilitará muito a apuração dos votos. A expectativa é que tenhamos um debate duro, porém, respeitoso dentro da profundidade e da gravidade do tema. (Repórter) A continuidade do processo contra Dilma só será aceita se a maioria simples assim o decidir, ou seja, a metade dos presentes à sessão mais um desde que o quórum mínimo registre a presença de 41 senadores. Caso seja aprovado o pedido, a presidente será afastada por até 180 dias. A notificação deverá ser feita na quinta-feira.

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