Senadores divergem sobre decisão de presidente da Câmara em anular sessão que aprovou impeachment — Rádio Senado
Comissão Especial

Senadores divergem sobre decisão de presidente da Câmara em anular sessão que aprovou impeachment

09/05/2016, 20h48 - ATUALIZADO EM 10/05/2016, 09h37
Duração de áudio: 03:03
Jane Araújo/Agência Senado

Transcrição
LOC: SENADORES DIVERGEM SOBRE DECISÃO DE PRESIDENTE DA CÂMARA DE ANULAR SESSÃO QUE APROVOU IMPEACHMENT LOC: O PEDIDO DE ANULAÇÃO FOI REJEITADO PELA PRESIDÊNCIA DO SENADO. E NA MADRUGADA DESTA TERÇA-FEIRA, O PRÓPRIO PRESIDENTE DA CÂMARA REVOGOU SEU PRÓPRIO ATO, MANTENDO A SESSÃO DO IMPEACHMENT VÁLIDA. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: (Repórter) Antes mesmo de o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, rejeitar os argumentos usados pelo presidente da Câmara, Waldir Maranhão, para suspender o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, os senadores já divergiam em plenário. Para a senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, os líderes têm autoridade para orientar suas bancadas e esse procedimento é fundamental para o bom andamento das sessões deliberativas. (Ana Amélia) “O fundamento alegado foi exatamente de que os líderes das bancadas não poderiam orientar os seus liderados como votar naquela decisão histórica. Para que temos Colégio de Líderes se não é para organizar minimamente uma pauta da Câmara ou do Senado?” (Repórter) O senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, afirmou que se trata de mais uma atitude para tentar impedir que o julgamento ocorra. (Cássio) “Não é possível decidir sobre aquilo que não existe. Além de uma decisão intempestiva, fora de prazo, ela é preclusa por não existir instância de deliberação sobre a matéria por parte da Câmara dos Deputados.” (Repórter) O argumento foi rebatido pelo líder do Governo no Senado, Humberto Costa, do PT de Pernambuco. Ele afirmou que o recurso apresentado pela Advocacia-Geral da União na Câmara dos Deputados foi feito no prazo correto. (Humberto Costa) “Se o então Presidente da Câmara queria atropelar prazos e, já no dia seguinte, trazer para cá o resultado da decisão tomada na Câmara, é um problema dele. Isso não tira o direito de quem apresentou o recurso dentro do prazo.” (Repórter) Para o senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, não aceitar uma decisão da presidência da Câmara é um erro histórico. (Lindbergh) “Se fizermos essa atrocidade contra o Regimento da Câmara dos Deputados, nós seremos cúmplices de uma ilegalidade que está sendo cometida contra a Senhora Presidenta Dilma Rousseff.” (Repórter) Senadores como Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, defenderam que o envio à Casa foi feito da forma correta: por meio de ofício, e não resolução. (Caiado) “Hoje não, a Câmara faz apenas admissibilidade e manda para o Senado Federal em forma de ofício, sim, já que aqui tem há a responsabilidade de fazer novamente a admissibilidade, construir provas, produzir diligências, para podermos chegar à conclusão final.” (Repórter) Para o senador João Capiberibe, do PSB do Amapá, a única saída para a crise política é convocar novas eleições. (Capiberibe) “Esta é uma briga pelo poder, é uma briga entre dois partidos que governaram durante cinco anos juntos. Estavam de mãos dadas, passeando pela Esplanada dos Ministérios, ocupando os espaços; de repente, confrontam-se e levam-nos a essa situação sem esperança.” (Repórter) O relatório aprovado na Comissão Especial do Impeachment foi lido em plenário nesta segunda-feira. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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