Presidente do Senado rejeita pedido da Câmara para devolver o pedido de impeachment — Rádio Senado
Senado Federal

Presidente do Senado rejeita pedido da Câmara para devolver o pedido de impeachment

09/05/2016, 21h52 - ATUALIZADO EM 09/05/2016, 22h01
Duração de áudio: 02:21
Plenário do Senado Federal durante sessão não deliberativa. 

O 1º secretário, senador Vicentinho Alves (PR-TO), lê o parecer da Comissão Especial do Impeachment. 

Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
Jefferson Rudy

Transcrição
LOC: PRESIDENTE DO SENADO REJEITA PEDIDO DA CÂMARA PARA DEVOLVER O PEDIDO DE IMPEACHMENT. LOC: ALIADOS DA PRESIDENTE DILMA VÃO AO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA SUSPENDER A SESSÃO DE QUARTA-FEIRA DESTINADA A VOTAR O AFASTAMENTO DA PETISTA. A REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter) Após uma reunião com os líderes partidários, o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, rejeitou o pedido do presidente em exercício da Câmara, deputado Waldir Maranhão, do PP do Maranhão, para suspender o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em ofício enviado ao Senado, Maranhão alegou vícios na tramitação que justificam uma nova votação na Câmara. Renan Calheiros afirmou que não pode anular um processo pelas manifestações dos deputados na votação do impedimento na Câmara. Disse ainda que no caso do ex-presidente Fernando Collor, o pedido de impeachment chegou ao Senado por ofício e não resolução, como alega a defesa de Dilma. O presidente do Senado destacou ainda que a decisão da Câmara está atrasada, já que a admissibilidade do impeachment está para ser votada pelo Plenário do Senado. (Renan) Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo e ao fim e ao cabo não cabe ao presidente do senado federal dizer se o processo é justo ou injusto (Repórter): Baseada na decisão do presidente em exercício da Câmara, a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, revelou que recorreu ao Supremo Tribunal Federal para impedir a sessão de quarta-feira que poderá resultar no afastamento de Dilma Rousseff por até 180 dias. (Gleisi) Nós estamos entrando com um mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal. Inclusive, protocolamos já. Espero que o Supremo não demore a decidir porque de fato o que aconteceu hoje no Senado fere o devido processo legal. (Repórter): O líder do PV, senador Alvaro Dias do Paraná, não acredita numa interferência do Supremo numa decisão do Senado. (A.Dias) Portanto, essa é uma intervenção descabida em assuntos do Senado Federal porque a Câmara dos Deputados já encerrou a sua participação no processo do impeachment. É, portanto, matéria vencida. (Repórter): O relatório do senador Antonio Anastasia do PSDB mineiro pela continuidade do processo contra Dilma já foi lido em Plenário e deverá ser votado na quarta-feira. Da Rádio Senado, HC.

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