Comissão especial do impeachment será instalada segunda-feira — Rádio Senado
Impeachment

Comissão especial do impeachment será instalada segunda-feira

20/04/2016, 01h46 - ATUALIZADO EM 20/04/2016, 01h46
Duração de áudio: 02:23
Bancada:
senador José Serra (PSDB-SP);
presidente do Senado Federal senador Renan Calheiros (PMDB-AL).
Jonas Pereira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO ESPECIAL DO IMPEACHMENT SERÁ INSTALADA NA SEGUNDA-FEIRA. LOC: O PRESIDENTE DO SENADO DESCARTOU SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS PARA ACELERAR O PROCESSO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter): Um dia após receber a denúncia contra a presidente Dilma Rousseff, o presidente do Senado, Renan Calheiros do PMDB de Alagoas, fez a leitura do processo aprovado pela Câmara dos Deputados. Ele determinou aos líderes partidários que apresentem os nomes dos 21 titulares e 21 suplentes que vão integrar a comissão especial do impeachment. As indicações do colegiado, que devem ser feitas em 48 horas, obedecerão ao tamanho dos blocos partidários. Por esse critério, o PMDB terá 5 representantes; a oposição e o bloco de apoio ao governo, 4 cada um; e Socialismo e Democracia e Moderador, 3, e Democracia Progressista, 2. Por decisão do Plenário, a comissão especial será instalada na segunda-feira, quando serão eleitos o presidente e o relator. O líder do Democratas, senador Ronaldo Caiado de Goiás, tentou a instalação nessa terça-feira. Mas PT e PMDB decidiram usar o prazo regimental para indicar os nomes. Para Caiado, esse adiamento é uma manobra para atrasar o processo. (Caiado ) Da estrutura regimental e da lei, eles sempre tentam criar uma maneira de procrastinar o que a lei está dizendo. (Repórter): O líder do PT, senador Paulo Rocha do Pará, defende que o processo respeite todos os prazos legais. (P. Rocha) Nós temos o direito e o Regimento diz que é até 48 horas. E nós vamos indicar nas 48 horas que temos o direito. Aqui, ninguém quer procrastinar nada. A oposição quer atropelar e não vamos deixar. (Repórter): Renan Calheiros reafirmou que não vai atrasar nem acelerar o processo de impeachment. E descartou convocar sessões extraordinárias ao destacar a responsabilidade do Senado. (Renan) Nós não estamos aqui produzindo o noticiário de cada dia. Estamos aqui fazendo a História do Brasil. O Senado, que será ao final e ao cabo o julgador, porque cada um dos 81 senadores se transformará na sessão final em julgador, esse é o papel constitucional do Senado. O Senado vai julgar se há ou não crime de responsabilidade. (Repórter): Renan anunciou que depois dessa votação não presidirá as demais sessões do impeachment, que serão comandadas pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowisk.

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