CRA recebe ministro do Desenvolvimento Agrário para debater programas e diretrizes da pasta — Rádio Senado
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CRA recebe ministro do Desenvolvimento Agrário para debater programas e diretrizes da pasta

07/04/2016, 13h14 - ATUALIZADO EM 07/04/2016, 13h14
Duração de áudio: 02:45
Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) realiza audiência pública interativa destinada a apresentação  das diretrizes e programas prioritários do Ministério do Desenvolvimento Agrário para o ano de 2016. 

Mesa: 
ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias; 
presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS) 

Foto: Pedro França/Agência Senado
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA RECEBEU O MINISTRO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO, PATRUS ANANIAS, NESTA QUINTA-FEIRA, PARA DISCUTIR OS PROGRAMAS E DIRETRIZES DA PASTA. LOC: A AUDIÊNCIA, ENTRETANTO, ACABOU INTERROMPIDA APÓS DIVERGÊNCIA ENTRE SENADORES POR CONTA DE RELATÓRIO DO TCU SOBRE ASSENTADOS DA REFORMA AGRÁRIA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O ministro do Desenvolvimento Agrário, Patrus Ananias, apresentou durante 35 minutos a avaliação do governo sobre o Programa de Reforma Agrária e as medidas em curso. (PATRUS): De assentarmos em condições decentes, dignas, as famílias hoje acampadas em território nacional. Estamos fazendo também ação coordenada no sentido de atendermos plenamente as ações legais e determinações judiciais, do tribunal de contas e outras instâncias administrativas e judiciais do País. (REP): O senador Blairo Maggi, do PR de Mato Grosso, pediu a atenção do ministro para assentar no campo aquelas pessoas que realmente sabem o que fazer com um pedaço de terra. (BLAIRO): Como temos na área empresarial, que tem gente que tem terra e não gosta de terra, como tem gente nos movimentos sociais e quer terra mas não gosta de terra. Há uma pressão nesse sentido de um volume grande de pessoas que querem a terra mas não são trabalhadores da terra. E não vão dar certo. (REP): Waldemir Moka, senador do PMDB de Mato Grosso do Sul, classificou as ações promovidas pelo MST de invasão de propriedade. Já Donizeti Nogueira, do PT de Tocantins, reclamou que a reforma agrária foi durante muito tempo estigmatizada no Brasil. (DONIZETI): Mas esse estigma é do conservadorismo que dominou sempre a sociedade brasileira de achar que o trabalhador não poderia ter terra. (REP): Mas o clima na audiência pública esquentou quando o senador Ronaldo Caiado, do Democratas de Goiás, falou sobre a suspensão de seleção e assentamento de novos beneficiários da reforma agrária determinada pelo TCU. Caiado destacou que o Tribunal de Contas da União viu indícios de irregularidades nos processos de 578 mil beneficiários. (CAIADO): Não tem produtores, tem 578 mil beneficiários irregulares. Mas o mais grave, 37 já estão falecidos, 1017 políticos, vereadores, deputado estadual, primeira dama, prefeito. Veja bem, a vocação deles é a terra? (REP): O debate acirrado entre Donizeti e Caiado, após acusações mútuas de violência praticadas pelos trabalhadores sem-terra e por fazendeiros, motivou a presidente da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, senadora Ana Amélia, do PP do Rio Grande do Sul, a encerrar a sessão. O Ministro Patrus Ananias disse que aguarda a publicação do acórdão do TCU para ter a exata dimensão das questões levantadas pelo tribunal. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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