Consultorias de orçamento apontam risco de governo perder o controle sobre os gastos públicos — Rádio Senado
Monitor Fiscal

Consultorias de orçamento apontam risco de governo perder o controle sobre os gastos públicos

06/04/2016, 13h27 - ATUALIZADO EM 06/04/2016, 13h27
Duração de áudio: 01:47
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A DÍVIDA BRASILEIRA, INCLUINDO UNIÃO, ESTADOS E MUNICÍPIOS, ESTÁ CRESCENDO E O GOVERNO CORRE O RISCO DE PERDER O CONTROLE SOBRE OS GASTOS PÚBLICOS. LOC: O ALERTA FOI PUBLICADO NO DOCUMENTO “MONITOR FISCAL”, DAS CONSULTORIAS DE ORÇAMENTO DO SENADO E DA CÂMARA DOS DEPUTADOS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. (Repórter) As Consultorias de Orçamento e Fiscalização do Senado e da Câmara preparam relatórios mensais sobre a situação das contas públicas brasileiras. O indicador que mais chama atenção é o do endividamento público. Não só da União, que tem crescido de forma continuada desde 2013, mas também de estados e municípios. As contas brasileiras começaram o ano de 2016 com o pé esquerdo. Nos dois primeiros meses do ano o governo federal já está com um déficit superior a seis bilhões de reais. Se forem considerados também os estados e municípios, a dívida pública total do Brasil chegou a 67,6% do Produto Interno Bruto até fevereiro deste ano. Segundo Paulo Bijos, consultor de orçamento no Senado, as estimativas indicam que, se a trajetória atual continuar, esse volume de endividamento poderá chegar a 80% até o final do ano que vem. (Paulo Bijos) Nós estamos em um cenário de trajetória preocupante de ascensão da dívida pública.(...) Pode piorar? Pode piorar. (Repórter) Paulo Bijos explicou que os resultados negativos refletem, além da perda de receita tributária com a recessão econômica, as chamadas pedaladas fiscais. (Paulo Bijos) Com o pagamento das pedaladas fiscais (...) que são postergações de despesas, isso teve como resultado um acréscimo na despesa pública verificada no período. (Repórter) As consultorias de orçamento no Congresso consideram que a dívida bruta do governo geral abrange a União, estados e municípios. Mas não inclui as dívidas do Banco Central e das empresas estatais.

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