Comissão debate com pesquisadores controle de epidemias causadas pelo Aedes Aegypti — Rádio Senado
MP 712

Comissão debate com pesquisadores controle de epidemias causadas pelo Aedes Aegypti

30/03/2016, 20h43 - ATUALIZADO EM 30/03/2016, 20h43
Duração de áudio: 02:02
Comissão Mista da Medida Provisória (CMMPV) nº 712 de 2016 realiza audiência pública interativa com representantes do Ministério da Saúde e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação para debater a matéria (medidas de vigilância em saúde relacionadas à presença do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus). 

Mesa: 
coordenador-geral do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Giovanini Evelim Coelho; 
relator da CMMPV 712/2016, deputado federal Newton Cardoso Jr (PMDB-MG); 
coordenador-substituto na Coordenação Geral de Biotecnologia e Saúde do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Thiago de Mello Moraes; 
diretora do Departamento de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Zilda Maria Faria Veloso; 
assessora do gabinete do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Doriane Patrícia Ferraz de Souza 

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: AS EPIDEMIAS DE DENGUE, ZIKA E CHICUNGUNHA TÊM TRANSFORMADO O BRASIL EM UM DOS MAIORES CENTROS DE PESQUISAS EM RELAÇÃO A ESTAS DOENÇAS. LOC: ESSA É A OPINIÃO DOS PESQUISADORES QUE PARTICIPARAM DE AUDIÊNCIA PARA DEBATER A MEDIDA PROVISÓRIA 712. REPÓRTER CARLOS PENNA BRESCIANINI. (Repórter) Pesquisadores de diversos laboratórios e centros de pesquisa debateram as políticas de prevenção e controle das epidemias causadas pelo mosquito Aedes Aegypti. O encontro ocorreu na comissão que analisa a MP 712, que autorizou agentes públicos a entrarem em imóveis sem moradores para combate ao mosquito. Embora vários pesquisadores tenham elogiado a produção de pesquisas e a possibilidade do tratamento de doenças como Dengue, Zika, Chikungunha e Febre Amarela, a falta de recursos tem sido um problema sério, como destacou Marco Antônio Moreira, diretor do Instituto Butantan, que prepara uma vacina contra a Dengue: (Marco Antônio Moreira) Conseguimos fazer um contrato com o Ministério da Saúde em aproximadamente 40 dias. Eu nunca vi um contrato ser feito num tempo tão curto no Ministério da Saúde. Porém até hoje devido à burocracia, a gente não teve recursos liberados para a execução. Se a gente conseguir ter a certificação de que a vacina realmente tem a eficácia esperada, daqui a um ano, um ano e meio a gente está com a vacina disponível já. (Repórter) A médica Lúcia Bricks, do laboratório Sanofi-Pasteur, informou que já possui uma vacina contra a Dengue que será vendida no Brasil. Entretanto, ao ser indagada sobre o preço, não quis dar qualquer indicação: (Lúcia Bricks) A Sociedade tem de pensar, assim como cada um de nós pensa em que eu quero investir o meu dinheiro. Por exemplo, se a vacina estiver disponível, posso querer vacinar meu filho ou eu posso quere fazer a unha, não sei. O governo a mesma coisa, ele pode investir na prevenção, em salvar vidas, ou investir em não sei o quê. (Repórter) A pesquisadora Consuelo Silva Moreira, do Instituto Evandro Chagas, destacou que no caso do Zika, está sendo descoberta uma enorme quantidade de sequelas em relação às doenças causadas pelo vírus: (CONSUELO 0:16): Então o Zika do ponto de vista de formação congênita, que não é só microcefalia, agora apresenta problemas oculares, surdez, problemas de membros...A gente não fala mais de microcefalia por Zika. A gente agora fala Síndrome Congênita por Zika. (Repórter) A MP 712 deverá ser votada até 31 de maio para não perder sua validade.

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