Convocados para prestar depoimentos no Conselho de Ética em processo contra Delcídio não comparecem
Transcrição
LOC: OS TRÊS CONVOCADOS PARA PRESTAR DEPOIMENTOS NO CONSELHO DE ÉTICA SOBRE O PROCESSO DE CASSAÇÃO DO SENADOR DELCÍDIO DO AMARAL NÃO COMPARECERAM À REUNIÃO.
LOC: O COLEGIADO DECIDIU PROSSEGUIR COM O PROCESSO SEM OUVIR TESTEMUNHAS. E O DEPOIMENTO DE DELCÍDIO ESTÁ MANTIDO PARA A PRÓXIMA SEMANA. REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: O filho de Nestor Cerveró, Bernardo Cerveró, uma das testemunhas convocadas para depor no processo do senador Delcídio do Amaral alegou estar em viagem no exterior. Já o advogado Edson Ribeiro e o ex-chefe de gabinete de Delcídio, Diogo Ferreira, justificaram a ausência por causa da medida cautelar que prevê o recolhimento domiciliar dos investigados, expedida pelo Supremo Tribunal Federal. Com a ausência das testemunhas, o relator, senador Telmário Mota, do PDT de Roraima, decidiu dispensar os depoimentos no processo, o que foi acatado pelos demais integrantes do conselho. O senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul, concordou com a medida e disse que o objetivo é não atrasar o andamento do processo.
(LASIER) É a medida mais adequada nós desistirmos dessas testemunhas de acusação. Consequentemente também inexiste prazo para a defesa apresentar testemunha. Não teremos testemunhas neste caso.
(Paula) A pedido dos advogados de Delcídio do Amaral, o Conselho de Ética concordou em solicitar ao STF a cópia integral da mídia com as gravações feitas por Bernardo Cerveró e que serviram de prova para a prisão preventiva do senador. Mas o colegiado rejeitou sugestão da defesa de convocar testemunhas e a realização de perícia para averiguar a integridade dos áudios gravados. O advogado de Delcídio, Adriano Bretas, afirmou que o Conselho de Ética está cerceando o direito de defesa do senador e que mandados de segurança serão impetrados no STF para suspender o andamento do processo. O relator, Telmário Mota, rebateu o argumento do advogado, afirmando que o colegiado deu amplo direito de defesa ao senador.
(TELMÁRIO) Nós já demos vários casos, e ele vem sempre protelando, apresentando atestado, etc. E agora nós temos quatro alternativas de defesa. Presencial, Videoconferência, por escrito, ou uma comissão in loco onde ele estiver, nós vamos dar continuidade porque aí demonstra o total desinteresse dele em fazer a sua defesa.
(Paula) De acordo com o presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Sousa, do PMDB do Maranhão, o depoimento pessoal de Delcídio está mantido para o dia 7 de abril. Da Rádio Senado, Paula Groba.