Governo corta R$ 23,4 bilhões do Orçamento e prevê retração de 2,9% no PIB — Rádio Senado
Economia

Governo corta R$ 23,4 bilhões do Orçamento e prevê retração de 2,9% no PIB

19/02/2016, 15h56 - ATUALIZADO EM 19/02/2016, 15h56
Duração de áudio: 02:03
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Transcrição
LOC: O GOVERNO CORTOU MAIS DE 23 BILHÕES DO ORÇAMENTO DESTE ANO E AINDA PREVÊ UMA RETRAÇÃO AINDA MAIOR DO CRESCIMENTO NESTE ANO. LOC: SENADORES CRITICAM QUE O MINISTÉRIO DA SAÚDE PERDERÁ RECURSOS NESTE MOMENTO DE COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN. (Repórter): A equipe econômica anunciou um corte de R$ 23,4 bilhões no Orçamento deste ano. A tesourada retirou R$ 4,2 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento, R$ 3,8 bilhões do Ministério da Saúde e R$ 1,4 bilhão do Ministério da Educação. As emendas parlamentares, que bancam investimentos nos estados, perderam R$ 8,1 bilhões. O governo alega que os cortes foram provocados pela queda de quase R$ 14 bilhões na arrecadação. O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino, do Rio Grande do Norte, disse que o contingenciamento já era esperado. Mas criticou o fato de a saúde ter perdido recursos no momento em que o País enfrenta o aumento dos casos de zika vírus, que provoca a microcefalia. (José Agripino) Cortar investimentos até que se admitiria. O correto seria cortar as despesas de custeio e fazer as reformas estruturantes. Agora cortar recursos da saúde atingindo o combate transmissor do vírus que aflige o País e projeta imagem negativa é falta de comando, de governo e sensibilidade. (Repórter) O relator das Receitas do Orçamento de 2016, senador Acir Gurgacz do PDT de Rondônia, disse que o corte deste ano de R$ 23 bilhões foi menor do que o do ano passado de R$ 70 bilhões porque o Congresso Nacional aprovou um projeto enxuto. Apesar de lamentar a perda de recursos, ele espera que áreas essenciais não sejam atingidas. (Acir Gurgacz) De algum lugar tem que se cortar. Um pouco de cada canto e acredito que deve ter sido feito um estudo nesta direção. O Orçamento da Saúde é muito grande. Temos que ver dentro da Saúde onde será o corte. Imagino que essas prioridades não serão cortadas. (Repórter) O governo também revisou de menos 1,9 para menos 2,9 a taxa de crescimento deste ano.

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