Pesquisadores defendem controle biológico de pragas e biotecnologia para combater o Aedes aegypti — Rádio Senado
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Pesquisadores defendem controle biológico de pragas e biotecnologia para combater o Aedes aegypti

O controle biológico de pragas e a biotecnologia podem ser aliados no combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e febre chicungunha. Foi o que defenderam pesquisadores em audiência conjunta da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado (CRA) e da Comissão Senado do Futuro (CSF). A pesquisadora da Embrapa, Rose Monnerat, mostrou os resultados positivos de uma parceria com a empresa de biotecnologia BTHEK, no desenvolvimento do bioinseticida BT Horus, feito a partir de uma bactéria. Ao contrário dos inseticidas químicos tradicionais, os bioinseticidas matam somente a larva do mosquito, sem prejudicar o meio ambiente.

18/02/2016, 11h21 - ATUALIZADO EM 18/02/2016, 12h39
Duração de áudio: 02:02
Geraldo Magela / Agência Senado

Transcrição
LOC: O CONTROLE BIOLÓGICO DE PRAGAS E A BIOTECNOLOGIA PODEM SER ALIADAS NO COMBATE AO MOSQUITO AEDES AEGYPTI, VETOR DA DENGUE, ZIKA E FEBRE CHICUNGUNHA. LOC: FOI O QUE DEFENDERAM PESQUISADORES EM AUDIÊNCIA CONJUNTA DA COMISSÃO DE AGRICULTURA E DA COMISSÃO SENADO DO FUTURO. REPÓRTER MARCELA DINIZ: TÉC: A pesquisadora da Embrapa, Rose Monnerat, mostrou os resultados positivos de uma parceria com a empresa de biotecnologia BTHEK, no desenvolvimento do bioinseticida BT Horus, feito a partir de uma bactéria. Ao contrário dos inseticidas químicos tradicionais, os bioinseticidas matam somente a larva do mosquito, sem prejudicar o meio ambiente. Rose lembra que o teste piloto foi feito entre janeiro e junho de 2007, na cidade de São Sebastião, no Distrito Federal: (ROSE) Contamos com a participação ativa da população da população na eliminação física e biológica dos criadouros e nós conseguimos reduzir o nível de infestação que, no início do trabalho, era de 4,06, considerado risco de epidemia, para 0,4, que é considerado satisfatório. (REP) O resultado do projeto-piloto da Embrapa foi elogiado pelo senador Waldemir Moka, do PMDB de Mato Grosso do Sul: (MOKA) Como ele é inócuo, é inofensivo, você dá até para uma criança o poder dela ir lá e colocar uma gotinha, isso é que eu achei interessante. (REP) Para o diretor presidente do Instituto Agronômico do Paraná, Florindo Dalberto, as pesquisas brasileiras podem colaborar para o combate às epidemias de dengue, zika e chikungunha mas, para isso, é preciso investimento: (FLORINDO) O que a Embrapa fez de diferente, aqui? Ela fez uma coisa inteligentíssima, no meu modo de ver: ela se associou a uma empresa que tem o interesse, que tem a condição de dar agilidade ao processo. (REP) O presidente da Comissão Senado do Futuro, Wellington Fagundes, do PR de Mato Grosso, concorda que parcerias público-privadas são uma forma de alavancar a pesquisa científica: (FAGUNDES) As universidades públicas brasileiras tem muito pouca parceria e nós precisamos melhorar essa cultura, desenvolver, junto com a iniciativa privada, pesquisas que podem estar ajudando a desenvolver nossa economia. (REP) Também esteve presente no debate o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Bergmann Ribeiro, que defendeu a utilização de todos os meios possíveis para o combate ao Aedes Aegypti, inclusive o uso de insetos geneticamente modificados para reduzir a população de mosquitos. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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