CDH quer solução para estado de greve dos peritos do INSS — Rádio Senado
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CDH quer solução para estado de greve dos peritos do INSS

03/02/2016, 13h15 - ATUALIZADO EM 03/02/2016, 13h15
Duração de áudio: 02:21
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO QUER UMA SOLUÇÃO PARA O “ESTADO DE GREVE” DOS PERITOS DO INSS. LOC: A FALTA DE ACORDO ENTRE OS TRABALHADORES E O GOVERNO PREJUDICA TRABALHADORES QUE DEPENDEM DA AVALIAÇÃO DESSES PROFISSIONAIS PARA RECEBER O AUXÍLIO DOENÇA. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. TÉC: Os médicos peritos do INSS paralisaram suas atividades em setembro de 2015 e retomaram o atendimento na última semana de janeiro, mas ainda em estado de greve. A Previdência calcula que mais de um milhão e 300 mil perícias tenham sido adiadas no período. O senador Paulo Paim, do PT do Rio Grande do Sul, presidente da Comissão de Direitos Humanos, está preocupado com os trabalhadores que precisam da avaliação médica para receber auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez. (Paulo Paim – 12”) Todos aqui falam na busca de um acordo, de um entendimento, que não permita que os trabalhadores fiquem no limbo. Se criou aquela situação de o trabalhador não receber nem da Previdência e nem da empresa. (Repórter) O representante do Ministério do Trabalho, Marco Perez, disse que a greve causa outro problema: o pagamento pelo INSS de quem já poderia ter voltado a trabalhar. (Marco Perez – 17”) Hoje o maior prejuízo que a Previdência Social causa aos cofres públicos é a fila. Com a greve então nem se fala, essa greve vai gerar um prejuízo enorme pro Estado Brasileiro. Porque milhões de trabalhadores que já poderiam ter retornado ao trabalho vão ter que receber muito além do que deveriam receber e quem vai pagar é o contribuinte. (Repórter) Os peritos pedem a recomposição do quadro de servidores, como defendeu o representante do sindicato, Luiz Carlos de Teive e Argolo. (Luiz Carlos de Teive e Argolo – 20”) Nós hoje somos apenas 4.330 peritos médicos em atividade. Nós realizamos, com esse quadro, 14 milhões de avaliações médico-periciais por ano, sendo que 50% dessas avaliações são presenciais nas agências da Previdência. (Repórter) A subprocuradora-geral da República Darcy Vitobello reconheceu que é preciso melhorar as condições de trabalho do perito, mas pediu que a categoria retome o atendimento da população. (Darcy Vitobello – 17”) Estetoscópio, martelinho, várias coisas básicas que muitas vezes faltam na sala dos peritos. Então tudo isso, o Ministério Público está atento a isso. Então, basicamente, é isso. E eu conclamo os peritos a que voltem a trabalhar integralmente, porque o prejuízo para o cidadão tem sido muito grande. (Repórter) A categoria reivindica ainda aumento salarial de 27 e meio por cento e a redução da carga horária para 30 horas semanais, além do retorno da carreira médica pericial exclusiva, com o fim da atividade dos médicos peritos terceirizados no INSS.

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