Senadores comentam previsão do FMI para retomada do crescimento da economia brasileira apenas para 2018 — Rádio Senado
Economia

Senadores comentam previsão do FMI para retomada do crescimento da economia brasileira apenas para 2018

19/01/2016, 18h25 - ATUALIZADO EM 20/01/2016, 08h34
Duração de áudio: 02:31
Sala de comissões do Senado Federal durante Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

CAE faz audiência pública com o presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini para discutir as diretrizes, implementação e perspectivas futuras da política monetária, em atendimento aos §§ 1º e 2º do art. 99 do Regimento Interno do Senado Federal.

(E/D):
senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES);
senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), em pronunciamento.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: A ESTIMATIVA DO FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL É DE QUE A ECONOMIA BRASILEIRA SÓ VOLTE A CRESCER EM 2018. LOC: A AFIRMAÇÃO DO FUNDO DE QUE A RECESSÃO SERIA CAUSADA PELA INCERTEZA POLÍTICA NO PAÍS REPERCUTIU ENTRE OS SENADORES. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: (Repórter) A projeção do FMI é de que o PIB brasileiro sofra uma retração de 3,5% neste ano. A expectativa anterior, de retração de 1%, foi revisada para baixo. Para 2017, o fundo prevê estabilidade, sem crescimento do PIB. Dessa forma, a economia brasileira só voltaria a crescer em 2018. A justificativa do Fundo é de que a recessão seria causada pela incerteza política e os desdobramentos da Operação Lava Jato. Segundo o FMI, a crise estaria “se mostrando mais profunda e mais prolongada do que se esperava.” As informações foram divulgadas no relatório Perspectiva Econômica Global. Para o senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, os números são resultado de uma crise política e econômica, com fortes reflexos sociais. (Ferraço) “Sinceramente não me surpreende que esses dados sejam retificados por agência multilaterais, como Fundo Monetário Internacional, apontando na direção de que 2016 será um ano muito difícil. Porque na prática a política não está funcionando não está conseguindo resolver esses problemas por conta da falta de credibilidade, por conta da ausência de liderança.” (Repórter) Já a senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, afirmou que algumas ações tomadas pelo Governo em 2015 ainda podem ter um reflexo positivo na economia. Ela citou o pagamento de 70 bilhões de reais aos bancos pelas chamadas pedaladas fiscais, a redução da despesa orçamentária, o aumento de reservas internacionais e a melhoria no saldo da balança. (Gleisi) “ O FMI está olhando muito a questão política.Obviamente que isso tem um impacto na avaliação de mercado. Ocorre que eu acho nós estamos começando a resolver o problema político e as medidas tomadas pelo Governo em 2015 isso tudo vai ter um impacto positivo na economia. Então me parece que agora nós temos que mostrar para o mundo que nós temos capacidade de resolver a crise política.” (Repórter) Segundo o FMI, a queda da economia brasileira em 2016 iria na contramão da média do crescimento global, de 3,4% neste ano e 3,6% no próximo. O baixo desempenho da economia brasileira teria, ainda, puxado para baixo o resultado da América Latina, com uma retração de 0,3%. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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