CAE debateu ajuste, pedaladas fiscais e terceirização na atividade fim — Rádio Senado
Balanço 2015

CAE debateu ajuste, pedaladas fiscais e terceirização na atividade fim

04/01/2016, 11h36 - ATUALIZADO EM 04/01/2016, 11h36
Duração de áudio: 02:32
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião deliberativa com 16 itens. Na pauta, Emenda de Plenário ao PRS 84/2007, que dispõe sobre o limite global para o montante da dívida consolidada da União; e PLS 280/2013, que destina recursos do fundo social para a educação básica e a saúde infantil.

(E/D):
vice-presidente da CCT, senador Hélio José (PSD-DF);
senadora Marta Suplicy (PMDB-SP);
presidente da CAE, senador Delcídio do Amaral (PT-MS);
vice-presidente da CAE, senador Raimundo Lira (PMDB-PB)
senador Walter Pinheiro (PT-BA).

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
Edilson Rodrigues / Agência Senado

Transcrição
LOC: O AJUSTE FISCAL FOI TEMA DE VÁRIAS AUDIÊNCIAS PÚBLICAS NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS EM 2015. LOC: AS CHAMADAS PEDALADAS FISCAIS E A TERCEIRIZAÇÃO NA ATIVIDADE FIM TAMBÉM MERECERAM AUDIÊNCIAS PÚBLICAS AO LONGO DO ANO, COMO LEMBRA O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O hoje titular da pasta da Fazenda, Nelson Barbosa, ainda na condição de ministro do Planejamento, foi o primeiro representante do governo a explicar na Comissão de Assuntos Econômicos as medidas provisórias que faziam parte do ajuste fiscal. A senadora Gleisi Hoffmann, do PT do Paraná, saiu em defesa das propostas. Ela afirmou que o que ficou conhecido como ajuste fiscal seria na verdade uma correção. (GLEISI): Como a questão do abono salarial. Não pode ser justo trabalhar um mês e ganhar um salário no final de ano como se fosse um 13º. E isso é de uma época em que não tínhamos programas sociais. Não tínhamos um colchão como o Bolsa Família, não tínhamos o Benefício de Prestação Continuada, não tínhamos 30 milhões de pessoas incluídas na Previdência. (REPÓRTER): Senadores da oposição, como Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, no entanto, não saíram convencidos do acerto das medidas. (ALVARO): A credibilidade do governo está no fundo do poço. É impossível a sociedade acreditar nessa redução de gastos sem medidas veementes, mais radicais. Como por exemplo uma reforma administrativa que reduzisse o tamanho do governo pela metade, o número de ministérios pela metade. Afinal, o governo tem um número de ministérios maior do que os EUA e Alemanha somados. (REPÓRTER): Economistas convidados pela CAE também alertaram para a falta de credibilidade nas medidas de austeridade anunciadas pelo governo. O reflexo disso, explicou o economista Thiago Custodio Biscuola, aparece no custo da rolagem da dívida pública. (THIAGO): São 2,9 bilhões ao dia. As pessoas saíram às ruas pra reclamar do aumento pra 3,20, da passagem de ônibus. Por dia, cada habitante paga 6,50 reais só para encargos da dívida. Dá um pouco a noção do problema e da gravidade que isso passa. (REPÓRTER): Em outro debate, no dia 18 de novembro, o então ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou apoio a projeto de resolução que colocava limites para o endividamento da União. Mas senadores da base do governo e técnicos do Tesouro Nacional e do ministério do Planejamento pediram cautela em relação à proposta. Joaquim Levy caiu exatamente um mês depois da audiência pública e a proposta teve a votação adiada para a volta do recesso parlamentar. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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