Tombini espera queda na inflação em 2016 e ouve críticas de senadores sobre o aumento na taxa de juros — Rádio Senado
CAE

Tombini espera queda na inflação em 2016 e ouve críticas de senadores sobre o aumento na taxa de juros

A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) recebeu nesta terça-feira (15), para uma audiência pública, o presidente do Banco Central, Alexandre Bombini para discutir as diretrizes e perspectivas da política monetária. O presidente do BC afirmou que espera a queda na inflação em 2016, mas ouviu de senadores críticas sobre o aumento na taxa de juros.

Para o senador Álvaro Dias (PSDB – PR) o governo não pode jogar no contribuinte a culpa pelo descontrole da economia.

15/12/2015, 12h38 - ATUALIZADO EM 15/12/2015, 12h52
Duração de áudio: 02:01
Foto: Pedro França / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS RECEBEU NESTA TERÇA-FEIRA, PARA UMA AUDIÊNCIA PÚBLICA, O PRESIDENTE DO BANCO CENTRAL. LOC: ALEXANDRE TOMBINI AFIRMOU QUE ESPERA A QUEDA NA INFLAÇÃO EM 2016, MAS OUVIU DE SENADORES CRÍTICAS SOBRE O AUMENTO NA TAXA DE JUROS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, reiterou o que já havia afirmado aos senadores da Comissão de Assuntos Econômicos em outras oportunidades neste ano: que a inflação vai cair em 2016. (TOMBINI): A inflação acumulada em 12 meses está atingindo seu pico, impactada principalmente pela inflação de preços administrados que cumula quase 18% nos últimos 12 meses até novembro. Entretanto a realização plena do reajuste de preços administrados em 2015 deve levar a uma importante queda nesses preços no próximo ano. Esse é claramente do realinhamento dos preços de energia elétrica ocorrido majoritariamente no primeiro semestre do corrente ano. (REPÓRTER): Tombini disse que as incertezas sobre o ajuste fiscal acabaram minando a confiança do mercado e por isso o Banco Central acabou aumentando a taxa de referência dos juros, a Selic, para conter a inflação. Mas senadores como Alvaro Dias, do PSDB do Paraná, disseram que o governo não podia jogar no colo do contribuinte a culpa pelo descontrole da economia. (ALVARO): Enquanto estivermos gastando metade do que arrecadamos para pagar juros e serviços da dívida é óbvio que faltarão recursos para educação, saúde, transportes, segurança pública etc não estaremos dinamizando a economia do país, não resolve criar CPMF se nós não encontrarmos alternativa de solução para dívida pública do país. Criar a cpmf é enfiar uma faca no peito do contribuinte que já paga imposto demais. (REPÓRTER): A inflação acumulada dos últimos 12 meses foi de 10,48%, mais do que o dobro do centro da meta inflacionária, que é de quatro e meio por cento ao ano. A taxa Selic foi mantida na última reunião do Copom em 14,25%, mas dois dos 8 integrantes do Comitê de Política Monetária votaram pela elevação da taxa em meio ponto percentual. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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