Plenário debate a crise hídrica e a escassez de água no Brasil
Transcrição
LOC: O PLENÁRIO DO SENADO DEBATEU NESTA QUINTA-FEIRA A CRISE HÍDRICA E A ESCASSEZ DE ÁGUA NO BRASIL.
LOC: A SITUAÇÃO É PIOR NOS ESTADOS DO NORDESTE, QUE PODEM ENTRAR NO QUINTO ANO CONSECUTIVO DE ESTIAGEM. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI:
TÉC: A sessão temática foi pedida pelos senadores Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, e Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba. O líder tucano lembrou que trezentas cidades nordestinas estão em estado de emergência por causa da estiagem e cobrou uma ação integrada para reduzir os problemas causados pela falta de chuva:
(CASSIO CUNHA LIMA) É preciso que tenhamos essa compreensão da emergência da situação e possamos agir de forma integrada em um esforço nacional – não é um problema do Nordeste, é um problema do Brasil.
(MAURÍCIO) Paulo Varella Neto, da Agência Nacional de Águas, reconheceu a gravidade da situação:
(PAULO LOPES VARELLA NETO) É a pior condição de chuvas somadas em quatro anos. Não seria exagero dizer que, nessa região, nós estamos em um verdadeiro estado de guerra.
(MAURÍCIO): Para enfrentar o problema, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas instalou 70 mil cisternas na região Nordeste, de 2012 pra cá. 400 mil famílias foram beneficiadas. O diretor-geral do DNOCS, Walter Gomes de Sousa, disse que os esforços se concentraram nos estados que mais sofrem com a estiagem:
(WALTER GOMES DE SOUSA) Evidentemente, todo o Nordeste atravessa uma situação bastante crítica, mas parece que é mais crítica a situação no Ceará, no Rio Grande do Norte, em Pernambuco e na Paraíba.
(MAURÍCIO): O senador Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte, ressaltou que a fome é uma das piores consequências da seca e pediu pressa no projeto de revitalização e transposição do Rio São Francisco:
(GARIBALDI ALVES FILHO) Que as águas do Rio São Francisco cheguem, urgentemente, ao Nordeste brasileiro. A fase de bombeamento, tudo isso já está sendo devidamente testado. Mas há que se ter recursos para que as águas possam caminhar.
(MAURÍCIO): Os senadores lembraram também que o PIB da agricultura chega a cair 60 por cento nos anos em que a estiagem é mais forte. Da Rádio Senado, Maurício de Santi.