Infraestrutura discute demanda de energia elétrica no Brasil
Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DISCUTIU A DEMANDA DE ENERGIA ELÉTRICA NO BRASIL E QUAIS AS PERSPECTIVAS PARA O SETOR.
LOC: OS DEBATES SERVEM PARA SUBSIDIAR O PARECER FINAL QUE A COMISSÃO PREPARA SOBRE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA GESTÃO HÍDRICA, DE SANEAMENTO E DE ENERGIA. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
TÉC: O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Luiz Eduardo Barata, disse que o Brasil possui uma grande diversidade energética. E que a ideia é expandir ainda mais. Barata diz que mesmo a energia nuclear não pode ser ignorada. (BARATA): Apesar de tudo que se fala, diria quase de toda a fantasia de que se tem, essas usinas no mundo tem um desempenho bastante satisfatório. Temos hoje 2 usinas nucleares no Brasil, instaladas no mesmo sítio de Angra dos Reis, e o desempenho delas é fabuloso.
(REPÓRTER): O secretário de Energia e Mineração de São Paulo, João Carlos de Souza Meirelles, citou ainda o gás.
(JOÃO): Para introduzirmos o gás na matriz energética brasileira é imprescindível que tenhamos clareza que é uma energia de transição. Nos próximos 25 anos nós precisamos da energia do gás, dispomos de gás, temos investidores pra gerar energia no país inteiro.
(REPÓRTER): O presidente do Conselho Administrativo da Associação Brasileira de Geração de Energia Limpa, Mozart Araújo, falou também da importância de descentralizar as decisões.
(MOZART): Uma das coisas que precisamos estudar é a descentralização das decisões. O planejamento pode ser centralizado, mas as decisões elas têm que ser descentralizadas.
(REPÓRTER): Para o senador Fernando Bezerra Coelho, do PSB de Pernambuco, a política energética teve alguns acertos ao longo do tempo, mas a opção recente pelas usinas fio d'água, sem a formação de grandes reservatórios, não parece ter sido a mais adequada.
(FERNANDO): O País apresenta matriz energética diversificada, isso foi uma grande conquista, as fontes renováveis ganharam participação significativa, e o aumento do parque hidrelétrico deu-se, infelizmente, com usinas fio d'água, com capacidade reduzida de armazenamento, isso nós estamos constatando agora nessa grave crise hidrológica.
(REPÓRTER): A fiscalização das políticas públicas do Poder Executivo é uma das atribuições das comissões permanentes do Senado. Fernando Bezerra Coelho é o encarregado, neste ano, do relatório de avaliação da gestão hídrica, de saneamento e de energia na Comissão de Infraestrutura. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.