Congresso presta homenagem a Djalma Maranhão, primeiro prefeito de Natal eleito pelo voto popular
Transcrição
LOC: O CONGRESSO NACIONAL PRESTOU HOMENAGEM NESTA SEGUNDA-FEIRA AO CENTENÁRIO DE NASCIMENTO DE DJALMA MARANHÃO, PRIMEIRO PREFEITO DE NATAL ELEITO PELO VOTO POPULAR, MORTO NO EXÍLIO DURANTE A DITADURA MILITAR.
LOC: DURANTE A SESSÃO SOLENE NO PLENÁRIO, PARLAMENTARES E CONVIDADOS DESTACARAM A LUTA DE DJALMA COMO POLÍTICO E ATIVISTA POPULAR PARA ERRADICAR O ANALFABETISMO NO RIO GRANDE DO NORTE E NO PAÍS. REPÓRTER NARA FERREIRA:
(Repórter): A senadora Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte, autora do pedido para a sessão de homenagem, definiu Djalma Maranhão como um homem visionário, que lutou e ousou para além do seu tempo. Ela ressaltou que Djalma Maranhão foi um político militante das causas sociais, em defesa da democracia e das forças progressistas.
(FÁTIMA BEZERRA): Seu legado de resistência de honradez e sensibilidade bem como a dedicação que ele expressou pela educação e pela cultura, certamente tocaram mais forte ainda meu coração de professora. Assim como Djalma, Paulo Freire, Moacyr de Góes, e tantos outros que acreditam na força das ideias, na força transformadora via educação e cultura. Homenagear Djalma Maranhão hoje é reconhecer a importância das forças populares para a construção da democracia.
(Repórter) O senador José Agripino, do Democratas também do Rio Grande do Norte, lembrou o trabalho do ex-prefeito e deputado potiguar em prol da educação, e especialmente pela implantação do programa de alfabetização.
(Agripino): É lembrado por um programa de educação heroico: “De pé no chão também se aprende a ler”. Como não tinha dinheiro ele improvisava latadas (sic) ou salas para que ali professores motivados ensinassem crianças a ler e escrever, porque ele tinha consciência de que era pela educação que se haveriam de preparar gerações futuras.
(Repórter) O senador Garibaldi Alves Filho, do PMDB do Rio Grande do Norte, destacou momentos marcantes da vida de Djalma Maranhão e disse que o sonho dele de erradicar o analfabetismo ainda hoje não se concretizou.
(GARIBALDI) Porque os índices de alfabetização ainda estão clamorosos, depois de tudo isso que Djalma Maranhão fez, ainda estamos a dever.
(Repórter) Djalma Maranhão morreu no exílio, em Montevidéu, em 1971, aos 56 anos de idade. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.