CRE quer ouvir governo e setor privado sobre impactos econômicos do Acordo Transpacífico — Rádio Senado
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CRE quer ouvir governo e setor privado sobre impactos econômicos do Acordo Transpacífico

O Tratado Comercial Transpacífico firmado recentemente por 12 países vai ser tema de duas rodadas de debate na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE). Os senadores querem ouvir representantes do setor privado e do governo sobre os impactos deste tratado - considerado o maior acordo comercial regional da história, para a economia brasileira .

Na opinião do senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES), a não participação do Brasil no Tratado coloca o país em isolamento ainda maior no comércio exterior. O senador Cristovam Buarque (PDT – DF) sugeriu que sejam convidados também embaixadores que têm propostas sobre o assunto, como Sergio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China.

15/10/2015, 13h45 - ATUALIZADO EM 15/10/2015, 14h48
Duração de áudio: 02:11
Marcos Oliveira / Agência Senado

Transcrição
LOC: O TRATADO COMERCIAL TRANSPACÍFICO FIRMADO RECENTEMENTE POR 12 PAÍSES VAI SER TEMA DE DUAS RODADAS DE DEBATE NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL. LOC: A COMISSÃO QUER OUVIR REPRESENTANTES DO SETOR PRIVADO E DO GOVERNO SOBRE OS IMPACTOS PARA A ECONOMIA BRASILEIRA DESTE TRATADO - CONSIDERADO O MAIOR ACORDO COMERCIAL REGIONAL DA HISTÓRIA. REPÓRTER NARA FERREIRA. TÉC: Os pedidos para as audiências partiram dos senadores Tasso Jereissati, do PSDB do Ceará, e Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo. Eles afirmam que o acordo Transpacífico vai alterar profundamente os rumos do comércio global. Os 12 países que assinaram o tratado representam 40 por cento das riquezas produzidas no mundo. Ricardo Ferraço ressaltou que além da derrubada de barreiras tarifárias, o tratado prevê regras uniformes de propriedade intelectual e ações conjuntas em áreas tarifárias e não tarifárias, como padrões trabalhistas e ambientais, e restrições ao protecionismo. O senador destacou que o objetivo da rodada de debates é analisar o impacto que o acordo terá na economia brasileira e verificar como o governo pretende reagir ao que, na opinião de Ricardo Ferraço, coloca o Brasil em isolamento ainda maior. (FERRAÇO) Esta prioridade dada à política sul-sul dos governos que se sucedem, estão nos levando a um absoluto isolamento e estamos perdendo muitas oportunidades na medida em que dispensamos até mesmo a constituição da União das Américas, o que poderia ser, se bem construído, reservando os nossos interesses, uma extraordinária oportunidade para o nosso país que seria a integração dos mercados americanos do norte e do sul. (REP) O senador Cristovam Buarque, do PDT do Distrito Federal, sugeriu que sejam convidados também embaixadores que têm propostas sobre o assunto, como Sergio Amaral, presidente do Conselho Empresarial Brasil-China (CRISTÓVAM)Tenho a impressão que o Brasil está saindo da crise para cair na decadência. E uma das coisas que está nos deixando decadente é estarmos excluídos dos grandes acordos comerciais formados no mundo, prisioneiros que ficamos de uma boa iniciativa que foi o Mercosul. (REP) Além de Estados Unidos, Canadá e México, o acordo Transpacífico inclui Japão, Austrália, Brunei, Chile, Cingapura, Malásia, Nova Zelândia, Peru e Vietnã. E já estão na fila para aderir à parceria comercial Coreia do Sul, Taiwan, Filipinas e Colômbia. Da Rádio Senado, Nara Ferreira. LOC: NA REUNIÃO DESTA QUINTA-FEIRA, A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIOES APROVOU A INDICAÇÃO DE DOIS DIPLOMATAS: ANA MARIA SAMPAIO FERNANDES, PARA EMBAIXADORA DO BRASIL NA BULGÁRIA E NA MACEDÔNIA; E JOSÉ ESTANISLAU DO AMARAL NETO, PARA EMBAIXADOR NA TUNÍSIA. AS INDICAÇÕES SEGUIRAM PARA ANÁLISE DO PLENÁRIO DO SENADO. LOC: OS SENADORES APROVARAM TAMBÉM AS EMENDAS DA COMISSÃO AO PROJETO DE ORÇAMENTO DA UNIÃO PARA 2016.

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