Médico nega que tenha relação com empresas que vendem próteses — Rádio Senado
CPI das Próteses

Médico nega que tenha relação com empresas que vendem próteses

06/10/2015, 18h53 - ATUALIZADO EM 06/10/2015, 21h43
Duração de áudio: 02:02
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DAS PRÓTESES OUVIU NESTA TERÇA-FEIRA O ORTOPEDISTA EDSON CERQUEIRA, ACUSADO POR UM PACIENTE DE USAR MATERIAIS COM VALORES ACIMA DO MERCADO EM CIRURGIAS. LOC: O MÉDICO NEGOU QUE TENHA RELAÇÃO COM EMPRESAS QUE VENDEM PRÓTESES E DISSE QUE ALGUMAS TÉCNICAS SÃO MAIS CARAS POR CONTA DE MATERIAIS EXCLUSIVOS. REPÓRTER PAULA GROBA. TÉC: Em depoimento à CPI das Próteses em julho, o paciente Marcelo Paiva acusou o ortopedista Edson Cerqueira de ter superfaturado um procedimento cirúrgico. Segundo a denúncia, o médico seria proprietário de uma empresa que negociaria próteses a preços superiores aos comercializados. Ao apresentar sua defesa à CPI, Edson Cerqueira negou qualquer irregularidade no procedimento realizado no paciente e disse que não há intervenção de empresas na hora da escolha do material. (EDSON) O paciente chega no meu consultório e eu indico o melhor tratamento que eu considero o melhor pra ele. Normalmente eu encaminho esse paciente sempre pra uma segunda opinião. Eu faço uma guia de internação onde eu escrevo o diagnóstico, qual a técnica utilizada, qual hospital que vai internar e a relação dos materiais que eu vou usar. Esses materiais são sempre dadas três opções, sempre três empresas que fornecem aqueles materiais. (Paula) Já o empresário Miguel Iskin, presidente e principal acionista da Oscar Iskin, empresa de equipamentos protéticos investigada como uma das fornecedoras do esquema, afirmou que o vídeo no qual um dos vendedores foi flagrado negociando próteses a valores superiores ao do mercado foi um caso isolado. (MIGUEL) Sempre teve um bom comportamento, mas a verdade é que nos últimos 2, 3 anos ele não estava conseguindo atingir as metas e ele estava em perigo. Ele viu naquela oportunidade a tábua de salvação dele. (Paula) Segundo Miguel Iskin, o funcionário foi demitido e uma sindicância interna foi instaurada. Após os depoimentos, o presidente da comissão, senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, enfatizou que os depoimentos na CPI são fundamentais para a investigação, mas não significa necessariamente que todos os convocados são culpados. (MALTA) Porque as pessoas pensam que o sujeito vem à CPI, ele vem porque é condenado. A CPI é um fórum pro cara contar a verdade dele. Quem é inocente é inocente. (Paula) Magno Malta afirmou ainda que a comissão vai convocar para prestar esclarecimentos o ex-funcionário da empresa que aparece oferecendo propina aos médicos. Da Rádio Senado, Paula Groba.

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