Presidente da CMO avisa que Legislativo não tem pressa para votar a CPMF
Transcrição
LOC: EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO, MINISTRO DIZ QUE A MELHORA RÁPIDA DA ECONOMIA DEPENDE DO CONGRESSO NACIONAL.
LOC: A PRESIDENTE DA COMISSÃO MISTA DE ORÇAMENTO AVISOU QUE O LEGISLATIVO NÃO TEM PRESSA PARA VOTAR A CPMF. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
TÉC (Repórter): Aos integrantes da Comissão Mista de Orçamento, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, disse que a economia estará recuperada no ano que vem. Reafirmou que o governo já cortou gastos e adotou medidas para aumentar a receita. Ele negou que o governo tenha mentido sobre a situação da economia ao citar o envio do Orçamento de 2016 com o déficit de R$ 30 bilhões. Barbosa declarou que a alta do dólar até que está ajudando os empresários brasileiros a exportarem e a venderem mais internamente. Ele defendeu uma reforma da Previdência, que poderá passar pelo aumento da idade mínima. E voltou a descartar o aumento da CIDE, imposto sobre os combustíveis, no lugar da recriação da CPMF, para evitar a disparada da inflação. O ministro do Planejamento ressaltou que a retomada do crescimento depende da aprovação do novo ajuste fiscal, que inclui a CPMF.
(Barbosa) Por mais que sejam os desafios que nós temos, temos todos os instrumentos necessários para enfrentá-los. É uma questão de construirmos um consenso político sobre qual é a direção das medidas, acho que temos um consenso, e sobre qual velocidade vamos adotar essas medidas?
(Repórter): A presidente da Comissão Mista de Orçamento, senadora Rose de Freitas do PMDB do Espírito Santo, disse que as ações do governo não trouxeram resultados ao citar a alta do dólar, que demonstra a insegurança dos investidores. Ao defender outras medidas, ela advertiu ao ministro que não conte com a CPMF, que não tem data para ser votada.
(Rose) A CPMF nunca será rápida. Há prazo, há sessões. São 40 na Câmara e 40 no Senado. E não depende da nossa agilidade. Depende muito mais da agilidade deles de propostas que possam gerar uma discussão e um entendimento entre o governo e o Congresso Nacional.
(Repórter): A estimativa é que se aprovada, a CPMF só começará a ser cobrada em outubro do ano que vem, o que reduziria a arrecadação estimada em R$ 32 bilhões. Da Radio Senado, HC.