Orçamento deficitário foi um dos motivos para o rebaixamento da nota brasileira — Rádio Senado
Agências de risco

Orçamento deficitário foi um dos motivos para o rebaixamento da nota brasileira

10/09/2015, 18h58 - ATUALIZADO EM 10/09/2015, 18h58
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LOC: ORÇAMENTO DE 2016 COM DÉFICIT DE MAIS DE 30 BILHÕES FOI UM DOS MOTIVOS PARA O REBAIXAMENTO DA NOTA DE CRÉDITO DO BRASIL PELA AGÊNCIA STANDARD AND POOR’S. LOC: O RELATOR DO ORÇAMENTO DE 2016 AFIRMOU QUE BUSCARÁ DEMONSTRAR QUE O PAÍS TEM CONDIÇÕES DE VOLTAR A SER CONSIDERADO UM BOM PAGADOR. A REPORTAGEM É DE MARCELLA CUNHA (Repórter) A Standard and Poor’s alegou que o envio do orçamento de 2016 deficitário “reflete um desacordo com a composição e magnitude das medidas necessárias para reequilibrar as contas públicas". Em seu comunicado, a agência argumentou que a mudança na meta de superávit de 0,7% do PIB apresentada em julho para um déficit de 0,3% estimado em agosto demonstra ‘desacordos internos’ no Governo. Seria o terceiro ano consecutivo em que o país apresentaria um déficit primário, mas o primeiro deles já esperado na proposta orçamentária. O relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros, do PP do Paraná, afirmou que a evasão de investimentos pode custar muito caro para a já enfraquecida economia brasileira. Apesar disso, disse que vai trabalhar para tentar reverter a perda do grau de investimento. (Ricardo Barros) “Vamos continuar na condição de relator do orçamento da União buscando equilibrar o orçamento, buscando demonstrar ao Brasil e à comunidade internacional que o país pode estar em dia com seus compromissos, retornando a ter o selo de bom pagador e a receber investimentos externos que geram progresso e empregos aqui no Brasil.” (Repórter) Ricardo Barros já havia defendido mais cortes no orçamento para evitar a perda de grau de investimento do país. Ele acredita que o rebaixamento pode contribuir para aprovação do enxugamento de gastos na Comissão Mista de Orçamento. (Ricardo Barros) “Nós temos agora uma responsabilidade de retomar as contas do Governo para que ele possa de novo fazer processo que a gente chama de anticíclico, de manter a economia aquecida, mas também cumprir os compromissos que já assumiu e que precisa colocar em dia com todo o setor produtivo do Brasil.” (Repórter) A estimativa da Standard and Poor’s é que o déficit fiscal do país aumente para 8% do PIB em 2015 e 2016 antes de cair para 5,9% em 2017.

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