Após dois anos de impasses, CRE aprova indicação do novo embaixador do Brasil na Bolívia
Após dois anos de impasses, foi aprovada a indicação do novo embaixador do Brasil na Bolívia. O diplomata Raymundo Santos Rocha Magno foi sabatinado nesta quinta-feira (03) na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado (CRE). A indicação do embaixador Raymundo Santos, aguardava deliberação do Senado desde 2013. Na época, o senador boliviano Róger Pinto Molina estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz, esperando autorização para deixar o país. Sem conhecimento do Itamaraty, Roger Molina foi trazido ao Brasil pelo então encarregado de negócios da embaixada brasileira, diplomata Eduardo Saboia.
O episódio gerou um incidente diplomático e levou a Comissão do Senado a pedir esclarecimentos ao Ministério das Relações Exteriores, antes de examinar a indicação do novo embaixador. O então relator da indicação, senador Jarbas Vasconcelos, considerou a resposta do Itamaraty insatisfatória. O atual relator, senador Ricardo Ferraço (PMDB – ES), esperou a concessão de refúgio ao ex-senador boliviano, o que ocorreu recentemente. Ferraço apresentou relatório favorável, mas questionou as dificuldades de combate aos crimes transnacionais nos mais de três mil quilômetros de fronteiras entre Brasil e Bolívia.
Transcrição
LOC: APÓS DOIS ANOS DE IMPASSES, FOI APROVADA A INDICAÇÃO DO NOVO EMBAIXADOR DO BRASIL NA BOLÍVIA.
LOC: O DIPLOMATA RAYMUNDO SANTOS ROCHA MAGNO FOI SABATINADO NESTA QUINTA-FEIRA NA COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL E A INDICAÇÃO PARA COMANDAR A EMBAIXADA EM LA PAZ SEGUIU PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DO SENADO. REPÓRTER NARA FERREIRA:
TÉC: A indicação do embaixador Raymundo Santos Rocha Magno, encaminhada pela Presidência da República, aguarda deliberação do Senado desde 2013. Na época, o senador boliviano Róger Pinto Molina estava asilado na embaixada do Brasil em La Paz, esperando autorização para deixar o país. Sem conhecimento do Itamaraty, ele foi trazido ao Brasil pelo então encarregado de negócios da embaixada brasileira, diplomata Eduardo Saboia. O episódio gerou um incidente diplomático e levou a Comissão do Senado a pedir esclarecimentos ao Ministério das Relações Exteriores, antes de examinar a indicação do novo embaixador. O então relator da indicação, senador Jarbas Vasconcelos, considerou a resposta do Itamaraty insatisfatória. O atual relator, senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, esperou a concessão de refúgio ao ex-senador boliviano, o que ocorreu recentemente. Ferraço apresentou relatório favorável, disse que é preciso virar a página, mas questionou as dificuldades de combate aos crimes transnacionais nos mais de três mil quilômetros entre Brasil e Bolívia.
(FERRAÇO) Mas virar uma página e abrir outra não quer dizer esquecer aquelas páginas que foram escritas, para que esta construção com a Bolívia agora se dê em outro patamar. O Brasil não pode se submeter, subordinar seus interesses aos interesses ideológicos e pontuais do governo de plantão, até porque suas excelências cumprem função de estado, e não de governo.
(REP) O embaixador destacou que o governo de Evo Morales tem considerável apoio popular, com estabilidade política e econômica.
(EMBAIXADOR) Relacionamento com vizinhos é, por definição, prioritário, este relacionamento deve ser conduzido de maneira construtiva, cuidadosa. (Rep): A Comissão também aprovou a indicação de Breno de Souza Costa para embaixador do Brasil em Honduras. Da Rádio Senado, Nara Ferreira.
