CPI volta a ouvir jornalistas esportivos em audiência pública interativa — Rádio Senado
CPI do Futebol

CPI volta a ouvir jornalistas esportivos em audiência pública interativa

25/08/2015, 21h17 - ATUALIZADO EM 25/08/2015, 21h17
Duração de áudio: 02:21
Pedro França/Agência Senado

Transcrição
LOC: A CPI DO FUTEBOL VOLTOU A OUVIR JORNALISTAS ESPORTIVOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA INTERATIVA. LOC: ELES SUGERIRAM À COMISSÃO INVESTIGAR CONTRATOS DA CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL, A CBF, E A FORMA DE ATUAÇÃO DE INTERMEDIÁRIOS. REPÓRTER IARA FARIAS BORGES: (Repórter) Desta vez foram ouvidos os jornalistas Lúcio de Castro, da emissora ESPN Brasil, e Rodrigo Mattos, do portal Uol. Segundo explicou Rodrigo Mattos, são empresas intermediárias que captam propostas de patrocínio e, por isso, recebem comissões. A CBF não negocia diretamente com os patrocinadores. O jornalista ainda ressaltou que não há total transparência da entidade na divulgação de balanços. Como exemplo, ele citou o item serviços de terceiros, que apontam 80 milhões de despesa, quando em clubes com folha salarial alta esse ponto chega, no máximo, a 30 milhões. Para Rodrigo Mattos, também não há clareza com o gasto de 70 milhões em despesas administrativas. (Rodrigo Mattos) “Quem que recebe esse dinheiro? Essa é uma pergunta que fica. Para onde que vai, fica a pergunta, que despesas são essas? Então, seria muito interessante entender o mecanismo, ou seja, abrir essa caixa preta do que são os contratos de patrocínios da CBF”. (Repórter) O relator da CPI, senador Romero Jucá, do PMDB de Roraima, disse que as afirmações dos jornalistas serão investigadas. (Romero Jucá) “O que nós tivemos aqui foi levantamento de questões. Estou ouvindo aqui posições importantes, matérias, levantamentos feitos. Mas pretendo analisar a documentação para que a gente possa, efetivamente, fazer um cruzamento e tratar quais são as questões relativas à sociedade brasileira, a questões públicas, a questões inerentes ao objetivo da CPI, e o que são relações comerciais entre empresas que poderão ser analisadas na ótica da Receita Federal, do pagamento de impostos”. (Repórter) O presidente da CPI, senador Romário, do PSB do Rio de Janeiro, afirmou que as informações são positivas para o andamento das apurações. Ele ressaltou que o objetivo da comissão é moralizar o futebol. (Romário) não aguentamos mais o que está acontecendo no nosso futebol. E o objetivo maior dessa CPI é a gente moralizar esse futebol, porque é desta forma que a gente vai conseguir de novo, de fora de campo, grandes conquistas dentro do campo”. (Repórter) A próxima audiência da CPI está marcada para quinta-feira, dia 27, na qual serão ouvidos os jornalistas Luiz Carlos Azenha, Amaury Ribeiro Júnior e Leandro Cipoloni. Após a audiência, a comissão deve votar 33 requerimentos.

Ao vivo
00:0000:00