Congresso realiza homenagem para Getúlio Vargas — Rádio Senado
Sessão Solene

Congresso realiza homenagem para Getúlio Vargas

O Congresso Nacional homenageia Getúlio Vargas ao lembrar os 61 anos do suicídio do ex-presidente da república. O legado de Getúlio na área dos direitos trabalhistas foi lembrado na sessão que aconteceu no plenário do Senado nesta terça-feira (25).

O senador Fernando Collor (PTB-AL), neto do primeiro ministro do trabalho de Getúlio, Lindolfo Collor, lembrou a luta do líder trabalhista pelos direitos sociais e enumerou conquistas como o direito à justa causa para demissão e à sindicalização. Collor criticou as tentativas de desregulamentação e redução de direitos dos trabalhadores como forma de estimular o crescimento da economia. Reportagem de Jefferson Dalmoro, da Rádio Senado.

25/08/2015, 14h33 - ATUALIZADO EM 25/08/2015, 14h40
Duração de áudio: 02:43
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
LOC: CONGRESSO NACIONAL HOMENAGEIA GETÚLIO VARGAS AO LEMBRAR OS 61 ANOS DO SUICÍDIO DO EX-PRESIDENTE DA REPÚBLICA. LOC: O LEGADO DE GETÚLIO NA ÁREA DOS DIREITOS TRABALHISTAS FOI LEMBRADO NA SESSÃO QUE ACONTECEU NO PLENÁRIO DO SENADO NESTA TERÇA-FEIRA. REPÓRTER JEFFERSON DALMORO. (Repórter) A Sessão Solene do Congresso Nacional aconteceu a pedido dos senadores Telmário Mota, do PDT de Roraima, e Elmano Ferrer, do PTB do Piauí, e do deputado federal Paes Landim, também do PTB piauiense. Em meio a uma crise política no seu governo, pressionado por denúncias de corrupção, com pouco apoio político e sem o suporte dos militares, Getúlio Vargas suicidou-se com um tiro no dia 24 de agosto de 1954. Ele foi o presidente que mais tempo exerceu o cargo na história do Brasil: de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Foi eleito em duas oportunidades, em 1934 e 1950. Com o golpe do Estado Novo em 1937, comandou uma Ditadura até 1945. Getúlio Vargas foi responsável pela criação da Petrobrás, da Companhia Siderúrgica Nacional e da Consolidação das Leis Trabalhistas, CLT. Telmário Mota lembrou de quando Getúlio deixou a carreira militar para estudar direito e iniciar a carreira política em 1909 como deputado estadual. (Telmário Vargas) Forjado na política guerreira, na luta fratricida das famílias e dos interesses que só eram resolvidos na bala no Rio Grande do Sul, Getúlio era um grande conciliador. Foi um verdadeiro mestre na arte de negociar. Ouvia muito, e ouvia muito bem. (Repórter) Elmano Ferrer destacou o papel de Getúlio na melhoria das condições de vida dos trabalhadores. E relatou conquistas como a carteira de trabalho, as férias e o descanso semanal remunerados, a jornada de oito horas diárias, além da criação do Ministério do Trabalho e da CLT. (Elmano Vargas) Todas essas iniciativas e outras mais, funcionavam como instrumentos para equilibrar as relações trabalhistas e evitar os abusos patronais. Por tudo isso, ouso dizer que nenhum presidente antes ou depois de Getúlio fez mais pelo trabalhador brasileiro. (Repórter) O senador Fernando Collor, do PTB de Alagoas, neto do primeiro ministro do Trabalho de Getúlio, Lindolfo Collor, lembrou a luta do líder trabalhista pelos direitos sociais. E enumerou conquistas como o direito à justa causa para demissão e à sindicalização. Collor criticou as tentativas de desregulamentação e redução de direitos dos trabalhadores como forma de estimular o crescimento da economia. (Fernando Collor) Acreditam que a desregulamentação, a precarização, o aviltamento dos direitos sociais dos trabalhadores é condição necessária para alavancar a competitividade do Brasil no mercado internacional. Iludem-se os que acreditam que é possível construir uma sociedade justa sem justiça social. (Repórter) A sessão que lembrou os 61 anos da morte de Getúlio Vargas teve a presença do ministro do Trabalho, Manoel Dias, do presidente do Instituto João Goulart, João Vicente Goulart, entre outras autoridades.

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