Senadores divergem sobre corte do número de ministérios anunciado pelo governo
Transcrição
LOC: PARA OS LÍDERES DOS PARTIDOS ALIADOS, A REDUÇÃO DO NÚMERO DE MINISTÉRIOS DEMONSTRA O COMPROMISSO DO GOVERNO DE REDUZIR GASTOS.
LOC: MAS A OPOSIÇÃO NÃO ACREDITA QUE A PRESIDENTE DILMA ABRIRÁ MÃO DE CARGOS PARA NÃO PERDER APOIO POLÍTICO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.
(Repórter) Até o final de setembro, a presidente Dilma Rousseff anunciará a extinção de dez ministérios dos atuais 39. Algumas pastas deverão ser unidas, a exemplo da Previdência com o Trabalho e Emprego. O senador Jorge Viana do PT do Acre elogiou a iniciativa ao afirmar que o corte no primeiro escalão, que incluirá a demissão de funcionários com indicação política, demonstra a decisão do governo de cortar gastos públicos.
(Jorge Viana) O governo agora sinaliza que pretende também dar uma contribuição após o ajuste de reduzir alguns custos. Mesmo que não implique volume tão grande de recursos, é um sinal importante de buscar uma maior eficiência e de ter uma governança adequada aos tempos atuais.
(Repórter) O presidente nacional do Democratas, senador José Agripino Maia, do Rio Grande do Norte, disse que a redução do número de ministérios vem tarde. Mas diante da falta de apoio político, ele não acredita que Dilma Rousseff comprará briga com a demissão de aliados.
(José Agripino) Espero que venha a acontecer e se acontecer será bem-vindo e o País agradecerá porque significará pelo menos uma sinalização de diminuição de gastos públicos. Agora, neste governo, nem sempre o que é anunciado acontece.
(Repórter) O líder do PDT, senador Acir Gurgacz de Rondônia, descartou qualquer crise dentro da base aliada com a redução do número de ministérios.
(Acir Gurgacz) Está havendo uma conscientização de toda classe política de que é necessário fazer alguma coisa para diminuirmos a crise e fazermos alguns cortes. Precisamos diminuir as despesas. Tenho a certeza de que os partidos que fazem parte da base aliada vão colaborar neste sentido.
(Repórter) Dos 39 ministérios, o PT comanda 13; o PMDB, 6; o PSD, 2, e o PR, PRB, PROS, PCdoB, PP, PDT e PTB 1, cada um. Outros onze ministros são da cota pessoal da presidente Dilma.