CRE debate prioridades da aeronáutica brasileira — Rádio Senado
Defesa nacional

CRE debate prioridades da aeronáutica brasileira

13/08/2015, 16h37 - ATUALIZADO EM 13/08/2015, 16h37
Duração de áudio: 02:03
Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DEFESA NACIONAL DO SENADO DISCUTIU NESTA QUINTA-FEIRA AS PRIORIDADES DA AERONÁUTICA BRASILEIRA. LOC: A INDÚSTRIA DA DEFESA FOI A ÁREA DE POLÍTICAS PÚBLICAS ESCOLHIDA PELOS SENADORES DA COMISSÃO PARA AVALIAR EM 2015. REPÓRTER ROBERTO FRAGOSO. (Repórter) Em um cenário de ajuste fiscal e corte de investimentos, por que um país pacífico como o Brasil gasta dinheiro com projetos de Defesa? Essa é uma das perguntas que a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado buscou responder, em audiência pública com o comandante da Aeronáutica, o Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato. O senador Ricardo Ferraço, do PMDB do Espírito Santo, relator da avaliação que a comissão está fazendo das políticas públicas na área da indústria da defesa, explicou que mesmo que o cidadão muitas vezes não sinta o efeito prático desses investimentos, eles afetam diretamente a sua vida. (Ricardo Ferraço) O que que está no centro do problema e do desafio da segurança pública em nosso País? O tráfico e o consumo de drogas. O tráfico de armas. Então ter uma fronteira equipada é fundamental. Como gerenciar e tomar conta da nossa fronteira do petróleo. O nosso relatório, ele terá como foco isso: o que foi planejado, o que foi feito, o que não foi feito, por que que não foi feito e quais são as consequências disso em termos de oportunidade de mercado e obsolescência tecnológica. (Repórter) Rossato destacou que os projetos prioritários para a Aeronáutica são a compra de 36 caças Grippen, o desenvolvimento do avião KC-390 – o maior já projetado no Brasil – e a construção do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações. (Nivaldo Luiz Rossato) Três fatores são decisivos para a defesa nacional. O espacial, o cibernético e o nuclear. Nós estaríamos talvez uns 40 anos atrasados nessa parte espacial. Hoje quem não domina o espaço não tem uma soberania da região. Nós dependemos dos satélites de geoposicionamento para agricultura, para uma porção de coisas. Se quiserem, os países que são donos dessas constelações, eles podem fazer restrições de acordo com as suas necessidades. (Repórter) O comandante da Aeronáutica disse que a contratação de satélites de outros países custa caro, e que além dos ganhos para a soberania, um satélite próprio traria economia de recursos. Ele destacou ainda as vantagens da tecnologia para além da Defesa, em áreas como desenvolvimento industrial, agricultura e proteção ambiental.

Ao vivo
00:0000:00