CPI ouve vítima da máfia das próteses
LOC: A CPI DAS PRÓTESES OUVIU HOJE REPRESENTANTES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E DE CARDIOLOGIA, ALÉM DO MÉDICO ORTOPEDISTA MARCELO PAIVA.
LOC: PAIVA AFIRMOU TER SIDO VÍTIMA DA MÁFIA DAS PRÓTESES AO RELATAR QUE PAGOU 208 MIL REAIS PELO MATERIAL UTILIZADO EM UMA CIRURGIA NA COLUNA VERTEBRAL. REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: Após sentir dores nas costas e constatar que a solução seria cirúrgica, o ortopedista Marcelo Paiva decidiu se submeter ao procedimento com um médico especializado no caso. Não esperava, no entanto, que teria de pagar 208 mil reais em 6 parafusos e uma haste, material utilizado para estabilizar sua coluna. Marcelo Paiva apresentou à CPI as notas fiscais com os altos valores cobrados. De acordo com Paiva, o médico que fez o procedimento é o também ortopedista Edson Cerqueira Garcia Freitas que, segundo a denúncia, possui uma empresa de serviços médicos e negocia próteses a preços superiores aos de mercado.
(MARCELO) Ele optou por fazer a minha cirurgia pelo maior preço possível. Fez o preço, ele precificou a cirurgia na cabeça dele, aí fez a cirurgia e aí me operou. Eu acho que essa CPI tem que dizer pro país que o mercado não pode tudo. E o mercado está determinando a formação do médico brasileiro. (REP) Após o relato do médico, a comissão aprovou requerimentos convocando o ortopedista Edson Cerqueira e representantes das empresas que comercializaram o material da cirurgia, entre elas a Osteocare, Serviços Médicos, Locação e Representação, da qual ele seria dono. Na opinião do presidente da CPI, senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, o caso relatado é semelhante aos ocorridos no Rio Grande do Sul, que a comissão também investiga.
(MALTA) Eu acho absolutamente grave e importante pra sociedade as suas denúncias, vamos requerer esses processos deles que já passaram pela comissão de ética e eu espero ouvi-lo aqui o mais breve possível.
(REPÓRTER) O membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia, Marco Antônio de Andrade, afirmou que a entidade repudia as denúncias de procedimentos antiéticos praticados por profissionais, mas que a punição fica a cargo de outras instâncias.
(ANTÔNIO) Nós não temos poder de punir os nossos membros, porque a punição, o julgamento fica vem por conta dos conselhos federais de medicina e dos conselhos regionais.
(REPÓRTER) A comissão ainda aprovou outros requerimentos, entre eles o que convida testemunhas e representantes da empresa Unimed, de Curitiba e de Pernambuco.
LOC: PAIVA AFIRMOU TER SIDO VÍTIMA DA MÁFIA DAS PRÓTESES AO RELATAR QUE PAGOU 208 MIL REAIS PELO MATERIAL UTILIZADO EM UMA CIRURGIA NA COLUNA VERTEBRAL. REPÓRTER PAULA GROBA.
TÉC: Após sentir dores nas costas e constatar que a solução seria cirúrgica, o ortopedista Marcelo Paiva decidiu se submeter ao procedimento com um médico especializado no caso. Não esperava, no entanto, que teria de pagar 208 mil reais em 6 parafusos e uma haste, material utilizado para estabilizar sua coluna. Marcelo Paiva apresentou à CPI as notas fiscais com os altos valores cobrados. De acordo com Paiva, o médico que fez o procedimento é o também ortopedista Edson Cerqueira Garcia Freitas que, segundo a denúncia, possui uma empresa de serviços médicos e negocia próteses a preços superiores aos de mercado.
(MARCELO) Ele optou por fazer a minha cirurgia pelo maior preço possível. Fez o preço, ele precificou a cirurgia na cabeça dele, aí fez a cirurgia e aí me operou. Eu acho que essa CPI tem que dizer pro país que o mercado não pode tudo. E o mercado está determinando a formação do médico brasileiro. (REP) Após o relato do médico, a comissão aprovou requerimentos convocando o ortopedista Edson Cerqueira e representantes das empresas que comercializaram o material da cirurgia, entre elas a Osteocare, Serviços Médicos, Locação e Representação, da qual ele seria dono. Na opinião do presidente da CPI, senador Magno Malta, do PR do Espírito Santo, o caso relatado é semelhante aos ocorridos no Rio Grande do Sul, que a comissão também investiga.
(MALTA) Eu acho absolutamente grave e importante pra sociedade as suas denúncias, vamos requerer esses processos deles que já passaram pela comissão de ética e eu espero ouvi-lo aqui o mais breve possível.
(REPÓRTER) O membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia, Marco Antônio de Andrade, afirmou que a entidade repudia as denúncias de procedimentos antiéticos praticados por profissionais, mas que a punição fica a cargo de outras instâncias.
(ANTÔNIO) Nós não temos poder de punir os nossos membros, porque a punição, o julgamento fica vem por conta dos conselhos federais de medicina e dos conselhos regionais.
(REPÓRTER) A comissão ainda aprovou outros requerimentos, entre eles o que convida testemunhas e representantes da empresa Unimed, de Curitiba e de Pernambuco.