Senado aprova correção da tabela do IR em até 6,5% — Rádio Senado

Senado aprova correção da tabela do IR em até 6,5%

LOC: O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU A CORREÇÃO DA TABELA DO IMPOSTO DE RENDA EM ATÉ SEIS E MEIO POR CENTO. 

LOC: DERROTADA, A OPOSIÇÃO AINDA TENTOU GARANTIR QUE O REAJUSTE FOSSE RETROATIVO A JANEIRO. A REPORTAGEM É DE HÉRICA CHRISTIAN.  

(Repórter) A medida provisória prevê uma correção diferenciada da tabela do Imposto de Renda de acordo com o valor do salário. A primeira faixa com renda de R$ 1.903,99 a R$ 2.853,44 terá um reajuste de 6,5%, a segunda de 5,5%, a terceira de 5% e a última de 4,5%. O próprio Congresso Nacional havia aprovado uma correção de 6,5% no lugar da proposta original do Palácio do Planalto de 4,5%. Mas alegando perdas de R$ 7 bilhões, a presidente Dilma Rousseff derrubou o aumento e para não ser derrotada na apreciação do veto, aceitou o reajuste escalonado sugerido pelo Senado. Mesmo votando a favor da Medida Provisória, a oposição ainda defendeu uma correção maior para todos os contribuintes, um aumento no limite das isenções e a retroatividade a janeiro. O líder da oposição, senador Alvaro Dias do PSDB do Paraná, lamentou que o governo não tenha permitido que a correção valesse desde o início do ano. 

(Alvaro Dias) O governo toma do contribuinte. São três meses sem correção alguma. Isso significa que o impacto nas contas do governo é menor do que seria a proposta original do governo de 4,5%. Não é justo. Houve uma estratégia de esperteza do governo em prejuízo dos contribuintes. 

(Repórter) O líder do PT, senador Humberto Costa de Pernambuco, ressaltou que diante da crise financeira, o reajuste escalonado foi o possível. Ele destacou, no entanto, a posição da presidente Dilma Rousseff de acatar a proposta do Congresso Nacional. 

(Humberto Costa) Mais do que isso porque foi construída a partir de um entendimento com o próprio Congresso Nacional, a partir de uma discussão com os líderes e a partir de um entendimento do que se era possível fazer. 

(Repórter) Segundo o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal, a defasagem na tabela do Imposto de Renda desde 1996 ultrapassa 64%.
01/07/2015, 01h00 - ATUALIZADO EM 01/07/2015, 01h00
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